Agronegócio | Agrolink | 14/08/2018 12h19

Alta do dólar favorece embarque da soja

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O analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, está indicando que é recomendável aproveitar a atual alta do dólar para priorizar a venda da soja brasileira. Segundo ele, a soja teve uma alta de 0,92% na bolsa de Chicago e o dólar subiu cerca de 0,86% no Brasil.

“Com os $7,50cents/bushel de alta de Chicago hoje, o prêmio para embarque em setembro da soja brasileira no porto de Paranguá subiu mais $10cents/bushel, totalizando um aumento de $17,50cents/bushel”, informa.

Nesse cenário, a a média de preços levantada na terça-feira (14.08) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) registrou uma queda de aproximadamente 0,24% nos portos e 0,88% no interior. Assim, as quedas de agosto foram aumentadas para 0,66% e 0,78%, respectivamente.

No entanto, mesmo com a baixa registrada para o mês, o analista garante que o aumento de Chicago e a alta do dólar no País fazem com que a venda da soja ainda seja lucrativa, “As médias dos preços nos portos foram definidas como R$ 88,94 e no interior a R$ 82,49, ainda muito lucrativos” disse.

Ele explica que os principais motivos para isso estar acontecendo foram a queda das cotações em Chicago no início da sessão e a mínima do dólar chegando a R$ 3,8782, o que acabou desestimulando os vendedores. Assim, houveram poucas vendas e os preços do físico recuaram levemente.

“A menos que surjam outros motivos de alta da moeda norte-americana, como mesmo peso desta guerra comercial agora entre EUA e Turquia, ou a menos que este problema se transforme numa crise financeira internacional (deve-se ficar atento a isto e nós estaremos) a cotação do dólar deve recuar, primeiro para seu leito normal ao redor de R$ 3,75 e, depois de outubro, para algo ao redor de R$ 3,50 e, depois de fevereiro, para R$ 3,30 com viés para R$ 3,10”, conclui.

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