Queda do Dólar derruba preço da soja no Brasil

(Divulgação)

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As cotações da soja tiveram na última terça-feira (24.07) um dia de perdas no mercado físico brasileiro, com a queda do Dólar (1,06%) pesando mais do que a alta de 1,2% de Chicago. De acordo com os índices do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), apurados junto aos diversos participantes do mercado, o preço de exportação desceu 0,32%, enquanto o do mercado interno caiu 0,62%.

Segundo destaca o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, a principal razão desses movimentos foi o ‘timming’ em que as coisas ocorreram: “A queda do dólar ocorreu no início da sessão, uma vez que a sua principal causa foram os incentivos fiscais dados pela China para ajudar as suas empresas na guerra comercial que mantém contra os EUA”.

“Devido ao fuso horário, esta informação chegou no início do pregão brasileiro e coincidiu com a queda das cotações da soja em Chicago, que também aconteceu no início da sessão, fazendo com que os preços da soja no Brasil abrissem em queda. Como nem sempre os agricultores voltam para saber se o mercado continua o mesmo, não houve grandes negócios no dia, porque ‘os preços caíram’”, explica.

Contudo, com o anúncio de incentivos fiscais também aos produtores norte-americanos pelo governo Trump, as cotações retornaram e o mercado acabou fechando em alta. Outro fator importante foi a volta do bom nível dos prêmios para agosto, que tinham caído na última sexta e na segunda-feira para 195 cents/bushel. Nesta terça, voltaram para 235 cents/bushel.

“Informações que recebemos hoje da Bahia retrata muito bem a situação geral do país: Mercado da soja próxima safra parado; para soja disponível poucos negócios, com todas empresas bem compradas e pouco espaço. Apenas fábricas comprando no geral, as demais comprando conforme necessidade, 'escolhendo' lotes e dando prioridade para produtores com bom histórico dentro da empresa”, conclui.