Agronegócio | Agrolink | 03/08/2018 10h29

Saiba quais fatores vão afetar o preço da soja

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Com a reviravolta ocorrida nos últimos dias nas cotações de soja em Chicago, o analista da T&F Consultoria Agroeconômica alistou os fatores que, no entendimento dele, estão afetando a tendência dos preços da oleaginosa tanto em Chicago como, em consequência, no Brasil. O primeiro é que “não há nenhum aperto sobre a oferta de soja norte-americana, muito ao contrário. E embora a demanda sobre os EUA esteja boa neste momento, a incerteza de longo prazo sobre o comércio com a China e as condições favoráveis de crescimento da safra mantém uma nuvem negra sobre o mercado”.

Segundo, diz ele, é que os embarques de safra velha estão em 50,37 MT, em comparação com 51,32MT no mesmo período do ano passado, representando um déficit de 950 mil toneladas no período. O USDA esta estimando que o total das exportações deste ano fique abaixo do volume do ano passado em cerca de 2,21MT.

Em terceiro lugar, as vendas de safra nova de soja estão em 10,3MT, contra 7,0MT na mesma época do ano passado. Por fim, um relatório sobre a situação da safra recebido nesta semana registra a possibilidade de um aumento do rendimento da soja americana. “Então, se não houver um entendimento positivo com os chineses, os estoques internos deverão aumentar significativamente e, com eles, a possibilidade de que os preços fiquem nos níveis baixos em que se encontram ou até menos ainda, em Chicago”, explica Pacheco.

BRASIL

De acordo com o analista da T&F, na esteira da disputa EUA-China e, na esperança de aumento da demanda chinesa sobre a soja brasileira, a produção no Brasil poderá crescer ao redor de 2,5% para 122,5 milhões de toneladas, contra as atuais 119,5MT, com uma exportação de 72,1MT, conta as atuais 70MT.

“Com relação aos preços, os prêmios não acompanham exatamente a queda de Chicago, como já demostramos aqui, mas manterão os preços FOB nos níveis atuais, entre US$ 380 e US$ 405/ton, o que proporcionaria um lucro aos agricultores brasileiros acima de 45% (talvez um pouco menos, diante da possibilidade de o dólar operar ao redor entre R$ 3,10-3,30, contra os atuais R$ 3,70-3,85)”, conclui.

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