Agronegócio | Com Noticias Agrícolas | 03/09/2021 09h15

Soja: Brasil exporta 6 mi de t em agosto e complexo tem recorde

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As exportações brasileiras de soja, em agosto, somaram 6,499 milhões de toneladas, de acordo com os dados divulgados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), superando as expectativas do mercado. Além das projeções, o volume foi ainda maior do que o registrado no mesmo período de agosto de 2020, quando o país embarcou 5,84 milhões de toneladas da oleaginosa. O valor médio da tonelada foi de US$ 485,80, contra US$ 353,60 do ano passado, neste mesmo mês.

Assim, no acumulado de 2021 - de janeiro a agosto -, o Brasil já exportou 76,5 milhões de toneladas de soja, contra 74,5 milhões do mesmo período do ano passado. E não caminham bem só as exportações de soja em grão, como também de farelo e óleo, levando o volume das vendas externas do complexo soja a 90 milhões de toneladas, também maior na comparação anual, quando as exportações brasileiras somando grão, farelo e óleo de soja somavam 87,8 milhões de toneladas.

Nos primeiros oito meses de 2021, afinal, o Brasil já exportou 12,3 milhões de toneladas de farelo e 1,2 milhão de óleo, contra 12,2 milhões e 1,1 milhão do mesmo período de 2020. "Estes são níveis recordes para a soja em grão, os subprodutos e, consequentemente, o complexo soja", explica Vlamir Brandalizze.

Ainda segundo o consultor da Brandalizze Consulting, setembro ainda deve ser um bom mês de embarques para a soja em grão, com alguns negócios já efetivados pelos produtores brasileiros. De outubro em diante, o ritmo pode perder um pouco de força, já que há poucos novos negócios se efetivando para embarques mais alongados. "Nesta semana não registramos quase nada de novos negócios".

Na contramão, acredita que a força da demanda interna no segundo semestre - que tende a ser mais forte - deve acirrar a disputa com a soja exportada nos próximos meses, como tradicionalmente acontece. "Devemos registrar recorde na produção de ração este ano e isso vai exigir mais farelo ainda", diz. O desempenho das exportações das principais proteínas animais segue forte e puxa o setor de alimentação animal, consequentemente o da oleaginosa e do milho.

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