Ciência | Agrolink | 23/07/2018 08h42

Estudo mostra que plantas podem ter consciência

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Um estudo conduzido por cientistas do Centro de Pesquisa e Educação em Biociências da Universidade Japonesa de Utsunomiya mostrou que as plantas podem ter consiência. O resultado levantou um novo debate sobre a possibilidade ou não das plantas serem inteligentes como os seres humanos.

Para o desenvolvimento da pesquisa, os cientistas introduziram uma ampla gama de anestésicos em diversos tipos de plantas, tornando-as “inativas” por uma hora. Depois disso, elas ficaram impossibilitadas de responder a estímulos comuns, o que voltou a acontecer normalmente depois que o efeito da medicação passou.

No caso da Papa-moscas, por exemplo, ela não conseguiu se alimentar de um inseto que rastejava pela sua mandíbula enquanto estava dormente, mas acabou recuperando a consciência quando voltou do efeito do sedativo. Esta evidência foi o suficiente para pesquisadores, como Suzanne Simard, professora de engenharia florestal da Universidade de British Columbia, afirmarem que as plantas podem possuir inteligência.

No entanto, o biotecnólogo da ETH Zurich, Devang Mehta, acredita que isso não é possível. Para ele, o fato de as plantas não possuírem sistema nervoso impossibilita que elas se equiparem com os seres humanos. Assim como Danny Chamovitz, diretor do Programa de Segurança Alimentar da Universidade de Tel Aviv, que diz que as respostas adaptativas que permitem a sobrevivência das plantas não devem ser consideradas como consciência.

Já para o filósofo da Universidade do País Basco, Michael Marder, em seu livro “Pensamento Vegetal: Uma Filosofia da Vida Vegetal”, fica claro que as plantas estão em sintonia com seu ambiente e que, dependendo disso, tomam muitas decisões complexas, como quando devem florescer. “Se consciência significa estar 'com conhecimento', as plantas se encaixam perfeitamente, antes de descartar por completo a existência desta faculdade de alto nível (em plantas), devemos considerar que uma planta pode ser sim consciente”, finaliza.

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