Eleições | Da Redação | 06/08/2018 09h00

Homologada pelo MDB candidatura de Simone Tebet ao Governo do Estado

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Foto: Emerson Freitas

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O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) de Mato Grosso do Sul oficializou a candidatura de Simone Tebet na corrida ao Governo do Estado neste sábado (4), durante sua convenção partidária, realizada na sede campestre da Associação Nipo Brasileira em Campo Grande.

Nos últimos dias, o partido fez um apelo à senadora para substituir o ex-governador André Puccinelli, preso desde o dia 20 de julho pela Operação Lama Asfáltica.

“Lanço hoje minha candidatura em respeito a maior liderança do MDB. Ontem, estive com ele numa visita, na qual ele confirmou que não há possibilidade de ser candidato às vésperas da convenção. É claro que sei que não estou à altura neste momento ainda e nem tenho a capacidade de ir para a rua com a envergadura e capacidade do nosso André Puccinelli”, disse Simone Tebet.

“Sou candidata porque é um pedido pessoal do nosso líder e também acho que o maior partido de Mato Grosso do Sul não pode ficar sem um nome à disposição da população”, acrescentou.

Como projeto de campanha, a candidata afirmou que seu principal compromisso é assumir uma gestão de caráter totalmente municipalista. “Sou municipalista porque as pessoas moram nas cidades, é lá que estão seus reais problemas, é onde estão a maioria dos serviços públicos. Não há possibilidade de fazer uma boa gestão estadual sem parceria com os governos municipais”.

Além da definição de Tebet, o procurador licenciado Sérgio Harfouche (PSC) foi confirmado como candidato a vice-governador da chapa. Harfouche participou da convenção estadual do seu partido também neste sábado e declarou sua desistência como candidato a governador pelo PSC para integrar ao projeto emedebista.

Simone Tebet comentou sobre o convite feito a Harfouche, alegando que não houve estratégia política envolvida. “Não há estratégia, é pelo nome, pela pessoa, pela credibilidade, porque sei que é um homem que tem vontade de servir, que tem predisposição de renunciar a muitas coisas em prol do estado. Conheço o Harfouche há muito tempo e ele como homem de fé, assim como todos nós somos, só tem a agregar em nossa chapa”.

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O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun ressaltou que a falta de experiência do procurador não afeta as pretensões do MDB para na busca pelo governo. “Experiência política a Simone, o Moka, todos nós temos de sobra. Trazemos um homem que representa justiça que respeita a democracia, aceita a legalidade. Ele se incorpora em tudo aquilo que nós pensamos que deve acontecer em Mato Grosso do Sul. Não poderia ter sido melhor a escolha e a composição que fizemos para a vice-governança da nossa chapa".

Marun ainda enfatizou a liderança feminina de Simone, que pode ser eleita a primeira governadora sul-mato-grossense. “Simone Tebet estava a poucos dias de concretizar o seu grande sonho, que era exercer a mesma nobre função que seu pai exerceu de presidir o Senado Federal. Ela demonstrou que acima desse desejo pessoal estava o seu amor pelo Mato Grosso do Sul e por isso se apresenta hoje para ser a grande locomotiva da nossa vitória”.

O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi (PMDB) fez questão de realizar um discurso de agradecimento à Simone Tebet, por ter renunciado a uma oportunidade de ser candidata à vice-presidente da República pela legenda. “Quero agradecer essa mulher guerreira, extraordinária senadora, a primeira líder mulher do maior partido do Senado, que tem uma carreira brilhante e abriu mão de suas convicções. Cotada a ser a candidata a vice-presidente, abre mão dos seus sonhos a nível nacional em favor de Mato Grosso do Sul e da sua gente".

Com a voz visivelmente embargada de emoção ao discursar, Mochi ironizou a prisão do ex-governador Puccinelli, alegando que o recente episódio apenas fortaleceu os anseios do “exército emedebista” sul-mato-grossense em busca da eleição da nova candidata ao governo ainda no primeiro turno do pleito de outubro. “O grande líder que hoje deveria estar aqui anunciando a sua candidatura não pode estar e eu queria deixar apenas uma pergunta, não desacreditando jamais da justiça do país e do nosso estado: será que se ele não fosse candidato, estaria preso? Foi ele que solicitou que nós teríamos que continuar com a nossa caminhada".

Na mesma linha discursiva em homenagem ao ex-governador, Marun acrescentou: “Vivemos um momento difícil, ilegalmente trancafiaram o nosso líder, o nosso candidato, pensando que iam nos assustar, derrotar, mas nós estamos respondendo com a coragem, lealdade e responderemos melhor ainda com a vitória”.

Na convenção estadual partidária também foram deliberadas as escolhas de candidatos a deputados estaduais e federais. Para o Senado, Waldemir Moka tentará a reeleição pelo partido.