Fibria | Com SNA | 07/12/2016 15h19

Robôs farão plantio de mudas de eucalipto a partir de 2017

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Realizada manualmente, de modo convencional, a plantação de mudas de eucalipto da Fibria, em Três Lagoas (MS), passará por um processo de produção automatizada com a utilização de robôs, a partir de 2017. Com a iniciativa, o viveiro terá alto nível de precisão, de sistemas e de controles ambientais, segundo Aires Galhardo, diretor executivo Florestal da empresa de celulose.

Conforme o executivo, a automação será feita com equipamentos de última geração, fabricados na Holanda, que permitirão otimizar a atividade, evitar perdas e preservar a integridade das mudas, além de trazer benefícios ergonômicos para os trabalhadores.

“O novo viveiro também segue conceitos de sustentabilidade, redução de resíduos e de impacto ambiental, com a substituição dos antigos tubetes de plástico das bandejas de produção de mudas por materiais mais modernos, feitos de papel biodegradável”, explica Galhardo.

“A introdução dos tubetes biodegradáveis também contribuiu para diminui o uso de plástico e reduzir o consumo de água, por não haver necessidade de lavar esses recipientes”,

Outra novidade é o controle de irrigação e clima, que será realizado por meio de painéis automatizados, informa Tomás Balistiero, gerente-geral Florestal da empresa em Mato Grosso do Sul.

Segundo Balistiero, em termos de produtividade de viveiro, a mecanização aumentará em quase três vezes o volume de mudas produzidas por pessoa.

“Reduziremos mais de 25% o custo de produção das mudas”, observa e completa que o rigoroso controle de qualidade garantirá uma produção de mudas mais resilientes e sadias para serem plantadas em campo. “Ou seja, teremos menores custos na operação e maior produtividade esperada também da floresta.”

A expectativa é que a implantação do novo viveiro, iniciada em março de 2016, entre em operação em março de 2017, com capacidade de produção de 43 milhões de mudas de eucalipto por ano, mais que o triplo das 12 milhões que são produzidas atualmente.

“As mudas serão destinadas ao plantio e à formação das florestas que abastecerão a unidade da Fibria em Três Lagoas e o Projeto Horizonte 2, segunda linha de produção de celulose da empresa no mesmo município, com capacidade produtiva de 1,95 milhão de toneladas de celulose por ano, que entrará em operação no último trimestre de 2017”, informa Balistiero.

O projeto ainda está em fase de implantação e, até o momento, considerando o projeto Horizonte 2, que já atingiu 60% de execução, foram investidos R$7,5 bilhões.

Balistiero completa que, na segunda etapa, quando será realizada a seleção das mudas para acomodá-las em espaço adequado ao seu crescimento, o novo sistema de máquinas do viveiro, com visão 3D, vai monitorar a evolução das mudas e gerar eficiência no cultivo das plantas.

“O equipamento fornecerá estatísticas de material genético e do desenvolvimento de cada planta, o que garantirá à indústria maior controle de qualidade das mudas que serão plantadas no campo.”

MODELO PIONEIRO

De acordo com Balistiero, para implantar essa automação no Brasil, uma pesquisa foi feita na Holanda, que utiliza esta tecnologia na produção de flores.

“Na produção de árvores este é um modelo pioneiro, que vai trazer maior produtividade, eficiência e qualidade na produção de mudas”, informa.

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