Alcoólicos Anônimos só para mulheres tem impacto positivo
Uma pesquisa sobre o alcoolismo feminino nos grupos de Alcoólicos Anônimos (AA) mostra que o tratamento das mulheres pode ser mais eficiente quando os encontros dos participantes são realizados apenas com pessoas do sexo feminino. O estudo, conduzido por pesquisadores da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), foi publicado na revista Drug and Alcohol Review .
Segundo o autor da pesquisa, o professor Edemilson de Campos, as mulheres relataram sentirem-se menos acolhidas e mais expostas nos grupos mistos. O programa terapêutico do AA se baseia no compartilhamento de experiências e de vivências.
“Nas reuniões onde elas participam com os homens, muitas vezes elas têm dificuldade para expor questões íntimas, questões mais pessoais, que envolve, por exemplo, a questão da sexualidade ou questões afetivas. Elas se sentem intimidadas pelos homens e também, em alguns casos, se referem a assédio, a brincadeiras sexistas, que os homens fazem”.
“Pelo que eu constatei, em entrevistas e também na observação dessas reuniões, algumas mulheres conseguem participar de reuniões mistas, mas a maioria ou a maior parte não consegue, elas acabam muitas vezes abandonando o tratamento por conta disso”, acrescentou.
O pesquisador ressalta que o alcoolismo feminino enfrenta preconceito maior na sociedade do que o masculino. Segundo ele, a mulher alcoólatra é muito mais estigmatizada, ou seja, mesmo que sofra da mesma doença, ser dependente de álcool para a mulher é mais “desonroso” do que para o homem.
“O uso de bebidas alcoólicas por homens e mulheres a sociedade vê de forma diferenciada. Para a sociedade, a mulher assumir que ela tem o alcoolismo é uma questão difícil, existe um preconceito muito forte da mulher alcoolista, e da mulher que bebe também. Isso dificulta para que ela assuma que está realmente dependente do álcool. É um problema da sociedade como um todo, que reflete no próprio AA”.
Segundo o último inventário feito pelo AA, em 2018, cerca de 13% dos participantes eram mulheres. Na capital paulista, de acordo com o pesquisador, dos 120 grupos existentes na cidade, apenas dois realizam reuniões exclusivamente femininas.
“E é nesse espaço feminino, da reunião feminina, que as mulheres se sentem mais acolhidas. Entre pares, entre iguais, enfim, do ponto de vista de gênero, aí elas conseguem compartilhar melhor as suas experiências. Esse espaço de gênero é muito importante para a recuperação das mulheres”.
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