Assembleia instaura CPI para investigar a Energisa
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) será instaurada para investigar a Energisa, concessionária responsável pelo abastecimento de energia elétrica em Mato Grosso do Sul. Depois de muita polêmica envolvendo deputados estaduais e deputado federal, a chamada “CPI da Energisa” já tem 23 assinaturas e a nova comissão será criada. O preponente dela foi o deputado estadual Felipe Orro (PSDB) e as discussões se arrastaram por duas semanas.
Na primeira proposta, para instaurar a CPI era necessário no mínimo nove assinaturas. O deputado estadual Capitão Contar (PSL) não tinha o apoio suficiente entre os 24 parlamentares. Na semana seguinte, o deputado federal Loester Trutis (PSL) gravou um vídeo chamando parlamentares da Assembleia Legislativa contrários à assinatura de “bunda-moles”.
No entanto, o efeito não foi favorável. Muitos deputados não assinaram a proposta de Contar por achar que ele estava ali apenas para se promover. Agora, a nova proposta de CPI de Felipe Orro tem seu “fator determinante” e é unanimidade na Assembleia.
Da ‘Energia Cara Não’ à CPI
A história até a formalização da CPI é longa e começa por volta de 11 meses atrás. Na época, muita gente reclamava do aumento exorbitante no valor da conta de energia em Mato Grosso do Sul. Algumas contas chegaram a duplicar de valor em pouco tempo. Nesse cenário, surge o abaixo-assinado “Energia Cara Não”, lançado pelo consumidor Venício Leite, de Campo Grande, que seria entregue à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A campanha cobrou apurações urgentes com relação aos valores.
A luta contra os altos valores nas contas seguiu por esses meses com a concessionária acumulando vários processos. De acordo com números do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJMS), a Energisa tem 500 processos como ré. Alguns desses completam quase um ano.
Antes de Contar propor a CPI na Assembleia, o número de processos e reclamações aumento. Pelas redes sociais, a quantidade de pessoas apoiando a CPI chegou na casa dos 50 mil.
Na última semana de outubro, o parlamentar do PSL defendeu a criação da CPI em plenário e afirmou que “a CPI é a melhor ferramenta legislativa para apurar as denúncias”. No entanto, em primeiro momento, apenas seis deputados foram favoráveis. Além dele, Antônio Vaz (Republicanos), João Henrique (PL), Evander Vendramini (PP) e Neno Razuk (Solidariedade). Assim, faltavam ainda duas assinaturas para abrir a Comissão que custaria aos cofres públicos cerca de R$ 200 mil.
Com os vídeos postados pelo deputado federal Tio Trutis (PSL) cobrando apoio e criticando os deputados que não assinaram, a CPI não teve o apoio de imediato. Nos vídeos postados no Facebook do deputado federal, ele critica de forma contundente os deputados estaduais que não eram favoráveis, chamando-os de “bundas-moles”.
Na terça-feira (5), a Assembleia chegou a parar sessão ordinária para falar da possível quebra de decoro de Tio Trutis por conta dos vídeos postados nas redes sociais com as críticas ácidas aos parlamentares sul-mato-grossenses.
No mesmo dia, Trutis postou um vídeo (confira a íntegra abaixo) respondendo aos deputados que, de acordo com ele, a ameaçar com denúncia no conselho de ética da Câmara dos Deputados. No vídeo gravado antes da Ordem do Dia em Brasília, o deputado também chamou alguns deputados estaduais de “seus bostas” e de “covardes, por não ter coragem de brigar com a Enersul”.
Depois da “queda” da CPI de Contar, o deputado Felipe Orro apresentou uma nova proposta de CPI e conseguiu apoio a assinatura de 22 deputados. Contar não assinou porque estava em Brasília-DF para o evento de 300 dias do Governo Bolsonaro, mas disse nas redes sociais que vai apoiar.
Agora, a CPI passa pela avaliação da Mesa Diretora e será publicada em Diário Oficial. A partir disso, o prazo é de 120 dias para algum resultado ser apresentado e pegará o recesso dos parlamentares.
O que a Energisa diz
Em nota, a Energisa esclarece que não foi notificada da CPI instaurada na Assembleia Legislativa. E também reforça que a empresa continuará atuando de forma transparente e próxima dos clientes.
Nota Energisa:
A Energisa Mato Grosso do Sul esclarece que não foi notificada para participar de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Até o momento, a informação é de que não foi instaurada uma CPI na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
A Energisa reforça que a empresa continuará atuando de forma transparente e próxima dos clientes, e está à disposição para prestar todos os esclarecimentos à população do estado e aos demais representantes da sociedade.
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