Produção industrial de MS fica praticamente estável em agosto
A produção industrial sul-mato-grossense reduziu o ritmo de expansão e se estabilizou na passagem entre os meses de julho e agosto, de acordo com a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems junto a 85 empresas no período de 3 a 13 de setembro de 2018. Pelo levantamento, 78,8% das empresas disseram que o nível de produção foi estável ou crescente no mês de agosto, quando comparado com julho.
“No de julho, esse resultado foi ligeiramente maior, alcançando 79,3%. Com esse desempenho o índice de evolução da produção passou a marcar 51,3 pontos, ficando mais próximo da linha divisória dos 50 pontos, que é o indicativo de estabilidade”, detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.
O levantamento também apontou que em agosto a ociosidade média na indústria sul-mato-grossense foi de 30%, enquanto em julho era de 28%. “Esse desempenho se refletiu na avaliação do uso da capacidade instalada, com o índice alcançando 46,7 pontos. Por fim, a sondagem mostrou que, em agosto, a utilização da capacidade instalada ficou abaixo do usual para 28,3% dos respondentes, igual ao usual para 55,3% e acima para apenas 15,3%”, explicou Ezequiel Resende.
Expectativas
O índice de expectativa do empresário industrial revela que a demanda marcou 51 pontos, sinalizando tendência de estabilidade para os próximos seis meses a partir de setembro, enquanto o índice de contratação de trabalhadores atingiu 48,6 pontos, indicando recuo no período analisado, e o de exportação assinalou 55 pontos, demostrando que as vendas externas ainda devem aumentar nos próximos seis meses a partir de setembro.
Quanto ao índice de intenção de investimento do empresário industrial, o economista revela que ele alcançou 47,7 pontos em setembro, indicando recuo de 2,5 pontos sobre o mês anterior. Considerando os últimos cinco meses, conforme o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, o indicador apresenta uma retração acumulada de 14,1 pontos.
“Até aqui, as decisões de investimento dos empresários seguem fortemente influenciadas pelas dificuldades observadas quanto ao ritmo de recuperação da atividade econômica, pelo aumento das incertezas no campo político e pelo persistente nível de desemprego”, pontuou Ezequiel Resende.
ICEI
Em setembro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial de Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) alcançou 54,4 pontos, indicando um ligeiro recuo de 0,2 ponto em relação a agosto. “Contudo, considerando os últimos sete meses, o indicador apresenta uma retração acumulada de 6,8 pontos. O ICEI de setembro de 2018 é 5,8 pontos inferior ao registrado no mesmo mês de 2017”, analisou o economista.
Em setembro, 30,6% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram, no caso da economia estadual, a piora foi apontada por 23,6% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 18,8% dos empresários. Além disso, para 50,6% dos empresários não houve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 56,5% e, a respeito da própria empresa, o número também chegou a 50,6%.
Para 12,9% dos empresários as condições atuais da economia brasileira melhoraram e, em relação à economia estadual, esse percentual também chegou a 12,9%, sendo que, no caso da própria empresa, o resultado foi de 22,4%. Já os que não fizeram qualquer tipo de avaliação responderam por 5,9%, 7,1% e 8,2%, respectivamente.
Próximos seis meses
O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems informa que, em setembro, 20% dos respondentes disseram que estão pessimistas em relação à economia brasileira. Em relação à economia estadual, o resultado alcançou 12,9% e, quanto ao desempenho da própria empresa, o pessimismo foi apontado por 13% dos empresários.
“Os que acreditam que a economia brasileira deve permanecer na mesma situação ficou em 49,4%, sendo que em relação à economia do estado esse percentual alcançou 55,3% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 35,3%. Por fim, 24,7% dos empresários se mostraram confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar”, detalhou Ezequiel Resende.
Já em relação à economia estadual, esse percentual chegou a 25,9% e, no caso da própria empresa, 44,8% dos respondentes confiam em uma melhora do desempenho apresentado. Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das expectativas em relação à economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam por 5,9%, 5,9% e 7,1%, respectivamente.
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