Reconstrução da MS-395 elimina gargalo de transporte
Trafegar pelos 66 km da rodovia MS-395, entre Bataguassu e Brasilândia, no Leste de Mato Grosso do Sul, era um teste de resistência e habilidade para os motoristas e um suplício para quem dependia do acesso para estudar em Três Lagoas ou buscar um socorro médico nas cidades próximas. O abandono da estrada esburacada, agora restaurada pelo Governo do Estado, também refletia no custo da diversificada produção da região.
Esposa de um funcionário da fazenda Córrego Azul, em Brasilândia, Carla Santos Faria, 25 anos, cursa Engenharia de Produção em Três Lagoas e perdeu a conta das vezes em que o ônibus de estudantes quebrou no caminho de 100 km e todos perderam a aula ou uma prova inadiável. “Ficar na estrada por causa de um pneu furado ou uma quebra mecânica era nossa rotina, a gente não sabia que horário chegaria na faculdade ou em casa”, diz ela.
A reconstrução da MS-395, após 16 anos de implantação da rodovia, mudou a rotina de Carla e proporcionou mobilidade e segurança para os usuários da via, situada próxima à divisa com São Paulo. Com investimentos de R$ 44,3 milhões, o novo pavimento foi entregue na segunda-feira (14.5) pelo governador Reinaldo Azambuja, depois de sucessivos serviços de tapa-buraco, cuja manutenção se tornou incipiente devido ao grau de deterioração da pista.
“A rodovia não foi projetada para receber o intenso tráfego atual de caminhões e exigiu mais do que uma simples restauração, sendo praticamente refeita, com um modelo de engenharia que garante mais durabilidade ao asfalto”, ressaltou o governador. Em sua visita à região, Reinaldo Azambuja entregou também o novo pavimento de 60 km da MS-338, entre Santa Rita do Pardo e o trevo com a MS-395, cujo investimento total somou R$ 88 milhões.
Custo de produção caiu 10%
Com a restauração dos 126 Km das rodovias que interligam Santa Rita do Pardo e Brasilândia, o Governo do Estado beneficia importante corredor de produção de uma região que se torna polo da celulose e expande o agronegócio. As boas condições de tráfego já refletem diretamente no custo de produção. O gerente da fazenda, Gilberto Soares, 36 anos, aponta que o frete no transporte da soja caiu de R$ 40,00 para R$ 33,00 a tonelada.
“A recuperação da estrada trouxe mais segurança aos nossos colaboradores e um novo alento para quem produz e enfrentava problemas de logística”, diz ele, estimando redução de 10% do custo de manutenção da frota e frete de insumos com a obra do Governo do Estado.
O ir e vir das pessoas também incidia nos gastos. A fazenda emprega 94 funcionários residentes em Brasilândia, distante 30 Km, e o tempo de viagem em ônibus fretado era de no mínimo 40 minutos.
Para quem trabalha nas fazendas, mesmo com a curta distância até Brasilândia e Bataguassu trafegar pela MS-395 não era um bom programa, como conta Fagner Farias Alves, 24 anos, um dos 293 funcionários da Córrego Azul. “Ir na cidade com a família era uma aventura, muito estresse, não valia a pena”, recorda-se. “Você tinha que desviar dos troncos de madeira que caiam dos caminhões em ziguezague na pista, e uma vez, chegando a Brasilândia, estourou dois pneus do carro.”
“A estrada ficou um tapete”
O motorista Cícero Alves Cardoso, 52 anos, não disfarça a satisfação de agora trafegar por rodovias de excelente pavimento e sinalizadas. Ele dirige um dos ônibus que transportam diariamente trabalhadores entre Brasilândia e a fazenda – um dos maiores conglomerados do agronegócio no Estado -, e afirma que o tempo de viagem reduziu em menos da metade. “A gente tinha que desviar dos buracos e passava muito apuro, com risco de acidentes”, lembra.
Cícero, como os demais usuários da MS-395, dá nota dez à nova rodovia e destaca também a sinalização viária. “Está um tapete”, diz. Agora, a atenção ao volante, segundo ele, é redobrada por causa do aumento do fluxo de veículos. “Até parece que todo mundo resolveu passar por aqui”, comenta. Quanto ao transporte dos trabalhadores acabou o tormento: “As pessoas vêm até dormindo no ônibus sem sacolejar, e muitos perdem o ponto de descida”, brinca.
Na boleia do caminhão onde transporta animais e insumos para as fazendas, o motorista Igor Adalberto Fernandes, 25 anos, também atesta a qualidade do novo asfalto. “Melhorou 100%, estava impraticável passar pela rodovia esburacada”, cita. Entregador de refeições na área rural, Jairo Oliveira, 35 anos, lembra que o desgaste por conta da precariedade da pista reduzia o tempo útil de um carro em dois anos. “Era muito arriscado andar na estrada, agora está excelente”, diz.
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