Internet | Canaltech com Facebook Newsroom | 28/03/2019 09h00

Facebook irá banir conteúdos de nacionalistas e separatistas brancos

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O Facebook anunciou nesta quarta-feira (27) que irá banir toda e qualquer manifestação de nacionalismo branco e de separatismo nas suas redes e no Instagram, que englobam mais de 2 bilhões de usuários. A ação é uma mudança na interpretação que a empresa fazia desses grupos, que até então eram tratados de forma diferente de outros grupos de ódio na rede.

“Ao longo dos últimos três meses, nossas conversas com membros da sociedade civil e acadêmicos que são especialistas em relações raciais em todo o mundo têm confirmado que o nacionalismo branco e separatismo não pode ser significativamente separados da supremacia branca e grupos de ódio organizado”, afirma a empresa, num comunicado oficial.

Qualquer elogio, apoio ou representação dos ditos grupos está, a partir da semana que vem, banida do Facebook e do Instagram. “Esses conceitos estão profundamente ligados a grupos de ódio organizados e não têm lugar em nossos serviços”, completa a nota.

Apesar dos termos de serviço da plataforma proibirem “o tratamento odioso de pessoas com base em características como raça, etnia ou religião”, grupos de nacionalistas e separatistas brancos eram tratados com tolerância. “Nós originalmente não aplicamos o mesmo raciocínio porque nós estávamos pensando em conceitos mais amplos do nacionalismo e do separatismo – coisas como o orgulho americano e do separatismo basco, que são uma parte importante da identidade das pessoas”, explica o Facebook.

De acordo com o site Motherboard, a mudança veio depois de severas críticas vindas de movimentos sociais quando o Facebook baniu grupos de supremacistas brancos, mas não de nacionalistas e separatistas.

“Decidimos que a sobreposição entre o nacionalismo branco, o separatismo [branco] e a supremacia branca é tão extensa que realmente não podemos fazer uma distinção significativa entre eles. E isso é porque a linguagem, a retórica e a ideologia usada, e o que ela representa, se sobrepõem a um grau que não há uma distinção significativa”, disse o diretor de política de contraterrorismo do Facebook, Brian Fishman, em entrevista ao site.

A empresa ainda afirmou que irá conectar usuários que pesquisam termos associados à supremacia branca a conteúdos voltados para ajudar as pessoas a deixarem grupos de ódio. “As pessoas que pesquisarem esses termos serão direcionadas para a Life After Hate, uma organização fundada por ex-extremistas violentos que fornece intervenção em situações de crise, educação, grupos de apoio e divulgação”, afirma a nota do Facebook.

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