Investigação | Com R7 | 02/09/2016 11h24

Reviravolta: achocolatado que matou menino foi envenenado por vizinho

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O caso do menino Rhayron Christian da Silva Santos, de dois anos, que morreu pouco depois de tomar um achocolatado de caixinha, em Cuiabá (MT) teve uma reviravolta.
Durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (1º), a Polícia Civil informou que o produto havia sido envenenado pelo vizinho da criança, na intenção de matar um ladrão. O produto havia sido envenenado com pesticida agrícola.

Adônis José Negri, de 61 anos, querendo evitar que o ladrão Deuel de Rezende Soares, de 27, continuasse a furtar a despensa de sua casa, tramou um plano para matá-lo envenenado. Ele já estava irritado com Deuel, que tem mais de dez passagens por furtos e foi apontado pela Sesp (Secretaria de Estado de Segurança Pública) como usuário de drogas. Conforme publicação da Gazeta Digital, ele que subtraía alimentos em residências e comércios da região.

Da última vez que agiu, Deuel furtou cinco caixinhas de achocolatados da geladeira de Adônis e, sem saber do plano de assassinato, não bebeu. Porém, o produto foi vendido por R$ 10 ao pai de Rhayron, Lázaro Figueiredo.

O delegado Eduardo Botelho, titular da Deddica (Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente), responsável pelo caso, explicou que Adônis usou seringa para injetar pesticidas utilizados para controle de pragas em lavouras e que também é comumente usados para matar ratos.

O veneno agrícola escolhido para a execução do homicídio é tão forte que o tio do menino, Alan José, que também tomou o achocolatado, mesmo sendo adulto, ficou internado durante alguns dias.
Adônis vai responder pelos crimes de homicídio qualificado por envenenamento contra o menino e tentativa de homicídio também qualificado por envenenamento contra o tio da criança. Já Deuel, responderá por furto porque ficou comprovado que ele não sabia que o produto estava envenenado.

O pai da criança pode responder por receptação se ficar comprovado que ele sabia estar comprando um produto furtado. Embora o pai da vítima seja usuário de crack, conforme a reportagem, não é possível afirmar que na casa funcionava uma boca de fumo

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