Mundo | Com Datagro | 26/09/2016 16h57

Crise na Austrália beneficia Brasil e EUA na disputa pelo mercado mundial da carne bovina

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A seca vem reduzindo a competitividade do quarto maior exportador mundial de carne. Nesta semana, a Austrália anunciou que na temporada 2016/2017 vai reduzir em até 7% as exportações de carne bovina como medida para frear o volume de abates e assim recompor o rebanho do país.

Há três anos atravessando uma das maiores estiagens da história, o rebanho bovino da Austrália chegou ao menor patamar dos últimos 20 anos. Por isso, o governo australiano estima que as exportações de carne bovina devem ser de um pouco mais de 1 milhão de toneladas.

A retração da pecuária australiana abre espaço para países rivais, como o Brasil e os Estados Unidos. Em julho, o Brasil se tornou o maior exportador de carne bovina para a China, enquanto a Austrália reduziu em 45% as remessas para aquele país. E nesta semana, a China decidiu retomar as importações de carne bovina dos Estados Unidos, suspensas desde 2003 depois de casos de vaca louca no rebanho norte-americano.

Esses cenários devem prejudicar ainda mais a situação dos pecuaristas australianos, já que a China é responsável por 13% da carne bovina exportada no mundo, devendo importar só neste ano mais de 800 mil toneladas.

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