Negócios | Com João Prestes - Semagro | 10/06/2017 08h58

Às vésperas de fechar acordo com Mercosul, suíços vêm conhecer potenciais de MS

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Delegação suíça está em Mato Grosso do Sul sondando as oportunidades de negócios com o Estado, nas vésperas do país europeu fechar um acordo de livre comércio com o Mercado Comum do Sul (Mercosul). O grupo é composto por empresários e liderado pelo embaixador da Suíça no Brasil, André Regli, e pelo cônsul econômico e diretor do Swiss Business Hub, Philippe Praz. Para mediar o contato entre suíços e sul-mato-grossenses, a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) e a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), por meio do Centro Internacional de Negócios, organizaram nesta quinta-feira (8.6) um encontro na Casa da Indústria.

Primeiro foi a vez dos suíços conhecerem um pouco da economia de Mato Grosso do Sul, nas apresentações do presidente da Fiems, Sérgio Longen, e do superintendente de Indústria, Comércio, Serviços e Turismo, da Semagro, Bruno Gouveia Bastos. Longen mostrou um panorama da indústria no Estado: 8,2 mil empresas; 129 mil empregos e U$ 2,75 bilhões de exportação projetada para 2017. Os principais produtos na pauta de exportação de Mato Grosso do Sul são a carne, açúcar, metalúrgico e celulose e papel.

Bruno Bastos elencou os principais destinos das exportações sul-mato-grossenses: China, Argentina e Itália. A Suíça não figura entre os 10 primeiros. Todos os negócios com os suíços no ano passado totalizaram U$ 421.181,00, com predominância para a carne de aves.

O superintendente destacou os esforços que o Governo do Estado faz para atrair novos investimentos, como a redução de impostos; a concentração de toda demanda do empresariado em uma única pasta, a Semagro; redução do tempo para abrir uma empresa com a implantação da Rede Simples, de 30 dias para 17, e a meta é chegar a 5; e a agilização dos procedimentos para licenciamento ambiental que resultou na liberação de mais de 5 mil licenças nos últimos dois anos, representando investimentos da ordem de R$ 1,2 bilhão.

EFTA x Mercosul

Entusiasmado com a proximidade de um acordo comercial entre a European Free Trade Association (EFTA) e o Mercosul, o embaixador da Suíça no Brasil, André Regli, alertou os empresários sul-mato-grossenses para as oportunidades de negócios que se abrirão. A EFTA reúne Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, países que estão fora da União Europeia, mas que têm diversos tratados que possibilitam o intercâmbio comercial com os vizinhos. A Suíça, por exemplo, fornece para um mercado consumidor de 500 milhões de habitantes das redondezas, e pode ser uma ótima porta para colocar produtos locais na Europa.

Philippe Praz exibiu o vigor da economia suíça: PIB per capita de U$ 75,5 mil, desemprego de 3,3%, impostos de 18% em média no faturamento das empresas, 8 milhões de habitantes, isso tudo num território 9 vezes menor que do Mato Grosso do Sul. O acordo com o Mercosul deixa a Suíça muito mais perto do Brasil do que dos demais países europeus, alertou o cônsul. Estudos mostram que os negócios aumentam cinco vezes após ser firmado o livre comércio.

O seminário contou com a participação de diversos empresários convidados pela Fiems, como Ana Helena Mattos, proprietária da Anna Mattos Cosméticos; Stefano Facchin, proprietário da Cold Line, indústria de equipamentos frigoríficos; e o engenheiro-civil Julio Alt Viveros, proprietário da Project. Luciana Lima, gerente de Recursos Humanos da suíça Omya, apresentou um panorama da empresa que está instalada dentro da International Paper como fornecedora de produtos de carboneto de cálcio. O evento se encerrou com os encantos turísticos da Suíça mostrados pela diretora de turismo Christina Gläser.

Nesta sexta-feira (9.6) os suíços foram conhecer o Polo Industrial Norte de Campo Grande, na saída para Cuiabá, e desde às 11h está na Governadoria, em reunião o governador Reinaldo Azambuja.

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