Saúde | Da Redação/Com Bolsa de Mulher | 03/04/2015 11h43

Formas de contrair HPV que as mulheres nunca imaginaram

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O papilomavírus humano, conhecido como HPV, é um dos principais desencadeadores do câncer de colo de útero. Na maior parte das vezes, ele é transmitido através das relações sexuais, mas também existem outras maneiras de contraí-lo. O site Bolsa de Mulher conversou com o ginecologista Daniel Luchesi para entender de quais formas as mulheres correm o risco de ter o vírus.

O HPV pode ser transmitido em contato pele-mucosa e mucosa-mucosa, sem ter obrigatoriamente uma relação sexual. Além disso, o vírus pode ser passado por meio da depilação na região íntima, caso a cera reutilizada tenha tido contato anterior com ele. Por isso, o ideal é descartar a cera após a depilação.

O médico explicou ao site outra maneira de transmissão bastante rara, chamada de vertical: pacientes com lesões no canal vaginal e vulvar podem passar HPV ao bebê durante o parto pelo contato direto.

Por último, o especialista explica que roupas íntimas e toalhas de banho, por mais que seja baixa a probabilidade, podem transmitir o vírus caso estejam contaminadas.

A principal forma de transmissão do HPV é de fato através da relação sexual, no contato pele com pele. Porém, segundo o especialista da Clínica Livon, Joinville (SC), a transmissão também pode acontecer quando em contado pele-mucosa e mucosa-mucosa sem que se tenha, obrigatoriamente, uma relação sexual.

A transmissão do vírus pode acontecer caso a depilação seja na região íntima. Como o vírus é resistente a determinados ambientes e temperaturas mesmo que elevadas, a cera reutilizada pode ser um meio de contágio se, anteriormente, esteve em contato com o HPV. Por isso, o ideal é sempre descartar a cera após toda depilação.

Conhecida como transmissão vertical, o médico explica que pacientes com lesões no canal vaginal e vulvar, podem acabar transmitindo HPV ao bebê durante o parto pelo contato direto com as lesões. Ainda diz que são casos muito raros e o contágio, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é feito pela placenta, e sim durante o trajeto do bebê no parto normal. Ocorrem principalmente em pacientes com lesões condilomatosas, quando há presença de verrugas genitais.

Segundo Luchesi, não se pode descartar a possibilidade de contaminação por roupas íntimas e toalhas de uso comum, apesar da baixa probabilidade. Objetos sexuais que estejam contaminados com HPV também facilitam o contágio.

O ginecologista destaca mais duas possíveis maneiras de transmitir a doença: através de banheira de motel e vaso sanitário. No entanto, afirma que são casos verdadeiramente raros, também com baixa probabilidade de acontecer. 

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