A Leishmaniose é doença infecciosa, porém não contagiosa causada por parasitas do gênero Leishmania

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Saúde | Com Prefeitura de Aparecida do Taboado | 13/08/2019 09h37

Palestras para lembrar “Dia Nacional de Combate à Leishmaniose”

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Para alertar sobre o avanço da doença, a Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida do Taboado, por intermédio da Vigilância Sanitária, lembrou o Dia Nacional de Combate à Leishmaniose, comemorado anualmente no dia 10 de agosto, com palestras em todas as Unidades de Saúde, na última sexta-feira, 09.

A Leishmaniose é doença infecciosa, porém não contagiosa causada por parasitas do gênero Leishmania. Ela é transmitida a partir da picada do mosquito palha infectado. O trabalho de prevenção foi intensificado devido o grande número de animais infectados e três casos registrados em humanos. Até o momento, foram testados 222 cães, deste número 144 foram confirmados com a doença, sendo que 33 precisaram receber a eutanásia. Em humanos, foram registrados um caso de Leishmaniose tegumentar e dois de visceral.

De acordo Adilson Valentim, coordenador da Vigilância Sanitária, o primeiro caso neste ano foi confirmado no mês de junho, desde então a Secretaria de Saúde trabalha com ações de bloqueio ao avanço da doença em nove quarteirões na região onde casos são registrados.

Durante as palestras, o coordenador reforçou que a prevenção coletiva é uma forma de ajudar no combate ao mosquito. “Limpar quintais, denunciar terrenos sujos e pessoas que fazem criação de aves e suínos em áreas urbanas são atitudes que contribuem para a não proliferação do mosquito”, falou.

Adilson ainda orientou sobre o acompanhamento dos animais e pessoas doentes e explicou as características da doença no cão. Segundo ele, em casos da doença no animal, o Ministério da Saúde preconiza a eutanásia. Já a doença em humanos tem tratamento. “O animal recebe a eutanásia sem sofrimento, em clínica, por um veterinário e com medicamento. Esse procedimento é feito apenas com a autorização do dono, se ele não aceitar deve assinar um termo de responsabilidade”, disse.

Na Unidade de Saúde da Família Central, o coordenador contou com a participação da doutora Elisa Maria Melo, que explicou sobre os sintomas e cuidados necessários com a Leishmaniose em humanos. Ao final, Adilson aproveitou para salientar que as três pessoas confirmadas com a doença no município foram devidamente acompanhadas pela Secretaria Municipal de Saúde, fazendo o tratamento injetável disponibilizado pelo Ministério da Saúde. Os pacientes receberam diariamente, por um período de 20 a 30 dias, injeções com doses de glucantime.

“Todos concluíram com sucesso o tratamento e passam bem. O mais importante antes de chegar ao ponto de fazer o tratamento é fazer a prevenção. Usem repelente, tela de proteção em janelas. É preciso proteger principalmente crianças, idosos e gestantes”.

Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Eugênia Maria de Freitas Paiva, além deste acompanhamento dos pacientes, a Secretaria de Saúde fez reuniões com os médicos, enfermeiros, equipes das ESF’s (Estratégia de Saúde da Família) e agentes de Saúde para orientações quanto aos atendimentos à população e medidas a serem tomadas quando ocorrerem casos suspeitos.

O cidadão que tiver os sintomas da doença deve procurar imediatamente uma Unidade Básica de Saúde. Todos os postos estão abastecidos com testes rápidos, de acordo com informação da coordenadora.

No mês de setembro está programada a instalação de armadilhas para identificar o mosquito infectado. O trabalho é feito apenas pela Secretaria de Estado de Saúde e conta com apenas uma equipe para atender aos 79 municípios de Mato Grosso do Sul.

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