Saúde | Da Redação/Com JPNews | 13/03/2015 18h04

Paranaíba tem risco médio de epidemia de dengue

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O novo mapa da dengue mostra que cinco municípios de Mato Grosso do Sul estão em situação de risco para a ocorrência de epidemia e 21 estão em alerta, segundo o Ministério da Saúde. Em Paranaíba há 69 casos suspeitos de dengue.

O Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa) mostra que Paranaíba, com 40 mil habitantes, apresenta a situação mais grave, com 8,7% dos imóveis com focos do mosquito.

De acordo com Yamara Zanim Palcheti, responsável pelo Controle de Vetores, o resultado de março é o mais preocupante, pois em janeiro os índices eram altos e com isso o Controle começou a trabalhar em mutirões pelos bairros, com isso o esperado era que baixassem os números, mas pelo contrário, aumentou.

“Ficamos assustados com o resultado, temos cinco extratos, com apenas um de médio risco, o restante em valores de alto risco. A região do bairro de Loures, Jardim Primavera, Daniel V e parte do Santo Antônio que deu índice de 13, ou seja, em cada 100 imóveis, 13 são positivos para a presença do mosquito”, afirmou.

Yamara lamenta a situação do município e disse que não sabe mais como agir, já que além dos mutirões, logo após o Carnaval foram feitas reuniões com coordenadores de diversos setores, além das enfermeiras, responsáveis por laboratórios. “Fizemos isso nos preocupando com esse aumento de caso; o que se observa é que em algumas cidades está circulando os quatro vírus. Isso  é preocupante, além disso o número  de mortes aumentou no Estado”, pontuou.

Em Paranaíba, conforme Yamara, foram intensificadas ainda as visitas domiciliares, e todas as Unidades de Saúde estão em alerta para que sejam feitas as notificações de casos da doença. “O Controle de Vetores só trabalha, na questão do bloqueio químico, a partir das notificações, por isso é importante que todos informem”, disse.

Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, 340 municípios podem ter epidemia no País e 877 estão em alerta. Além da dengue, o mosquito transmite a chikungunya, doença que causa sintomas semelhantes e pode levar até três anos para ser curada.

Além de Paranaíba, o risco de epidemia é grande em Terenos (5,1%), Sidrolândia (4%), Cassilândia (4,6%) e Amambaí (7,2%).

Campo Grande também faz parte dos 21 municípios em alerta, com infestação de 1,8%, quase o dobro do índice aceitável pela Organização Mundial de Saúde. Também preocupam os índices de Três Lagoas (3,5%), Sete Quedas (2%), Miranda (2,3%), Ivinhema (2,2%), Fátima do Sul (2,3%), Dourados (2,4%), Coxim (3,2%) e Bataguassu (2,6%).

O levantamento do Ministério da Saúde não cita o município de Iguatemi, que enfrenta uma epidemia da doença no Estado. A Secretaria Estadual de Saúde colocou 17 cidades em alerta no Estado por causa do alto número de casos notificados. De janeiro até esta semana, foram 5,8 mil casos.

O ministério revelou que o número de mortes no Estado, duas, é o dobro do registrado no ano passado. Também foram contabilizados dois casos de dengue grave e três da doença com sinais de alarme.

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