Saúde | Com Prefeitura de Três Lagoas | 22/10/2017 13h00

Três Lagoas participa de projeto de pesquisa da Fiocruz

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A Prefeitura de Três Lagoas, por meio das equipes dos setores de Entomologia e de Endemias da Diretoria de Vigilância e Saneamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), desde o início deste mês, vem participando, com outros cinco municípios de Mato Grosso do Sul (Campo Grande, Dourados, Corumbá, Coxim e Ponta Porã), de pesquisa desenvolvida pelo Instituto Oswaldo Cruz / Fiocruz, do Rio de Janeiro (RJ).

O objetivo da pesquisa, como explicou a coordenadora do Setor de Entomologia, bióloga Geórgia Medeiros de Castro Andrade, é estudar a resistência do mosquito Aedes aegypti a inseticidas, em cada Região do Brasil, já que este mesmo estudo vem sendo desenvolvido em todo o País.

“Para estudar a resistência é preciso coletar ovos do mosquito fêmea do Aedes Aegypti de diversos municípios e em cada Região do Mato Grosso do Sul. Em Três Lagoas, iniciamos esse trabalho no dia 4 e vamos encerrá-lo no dia 30”, informou.

“O trabalho das nossas equipes consiste em preparar e instalar as armadilhas em várias localidades de diferentes bairros e coletar os ovos em palhetes especiais e apropriados para essa finalidade”, explicou Geórgia. São as denominadas “ovitrampas”, ou seja, armadilhas de postura.

Para Três Lagoas, foram destinadas 150 armadilhas, que seguem um cronograma pré-agendado de instalação, coleta dos ovos e retirada das armadilhas.“É um trabalho, programado em duas etapas, de instalação e retirada de 75 armadilhas em cada etapa”, explicou.

A primeira delas começou no dia 4 e terminou na segunda-feira (16). A segunda etapa terá início nesta quarta-feira (18), com a instalação da segunda remessa de armadilhas, coleta dos ovos no próximo dia 24, e a retirada final das armadilhas está prevista pra o dia 30 deste mês.

A coordenadora do Setor de Entomologia da SMS informou que, neste projeto da pesquisa do Instituto Oswaldo Cruz, estão participando dois servidores do Núcleo de Entomologia; três servidores do Laboratório Municipal de Entomologia; e quatro servidores do Setor de Endemias.

MEDIDA DE CONTROLE

Estudos do Instituto Oswaldo Cruz indicam que a mais importante medida de controle do mosquito é eliminar os criadouros, os locais que o Aedes Aegypti busca para por os seus ovos.

Como uma medida complementar de controle, em casos de epidemia, recomenda-se o uso de um larvicida (atualmente utiliza-se o pyriproxyfen) ou de um adulticida (atualmente utiliza-se o malathion).

“Esses produtos devem ser utilizados com critério, porque o uso contínuo pode selecionar populações de mosquitos resistentes, ou seja, que não morrem com o inseticida”, orientam os técnicos do Instituto Oswaldo Cruz, ao ressaltarem a importância desta nova pesquisa em andamento.

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