TJMS | Com TJMS | 14/09/2018 11h00

Coordenadora da Infância destaca benefícios do apadrinhamento

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Foi realizado na noite de quinta-feira (13), no plenário do Tribunal do Júri do Fórum de Campo Grande, o segundo encontro do Curso Preparatório para Apadrinhamento, capacitação aberta a todos interessados em apadrinhar crianças e adolescentes acolhidos em instituições.

Neste segundo dia, o curso contou com a explanação aos participantes da juíza titular da Vara da Infância, da Adolescência e do Idoso da Capital e coordenadora da Infância e da Juventude de MS, Katy Braun do Prado. A magistrada apresentou o programa de apadrinhamento que desde novembro de 2017 está previsto em lei e passou a ser um direito da criança que está acolhida. “O Projeto Padrinho se destina àquelas crianças que não encontraram oportunidade de adoção e que presumimos vão permanecer no acolhimento até atingirem a maioridade. Nós queremos sensibilizar as pessoas da comunidade de que elas podem auxiliar no desenvolvimento dessas crianças oferecendo para elas oportunidades fora da instituição, para elas conviverem comunitariamente e aprenderem coisas importantes pro dia a dia, pra vida, a partir do momento que elas tenham que viver sozinhas, já numa situação de autonomia a partir dos 18 anos de idade”.

A juíza ressaltou que há 25 adolescentes em Campo Grande, que não encontraram oportunidade de adoção, e têm um desejo muito grande de ter uma relação afetiva além daquela que eles já têm dentro do abrigo. “Essas crianças ficariam bastante motivadas se tivessem alguma pessoa que pudesse acompanhar o aprendizado delas na escola, dar conselhos, orientações, mostrar outros estilos de vida aos quais elas não estão acostumadas, porque tudo isso vai auxiliando-as a formarem uma estrutura para depois lidarem bem com a vida fora da instituição de acolhimento”, destacou Katy Braun.

Os participantes também acompanharam uma palestra com a psicóloga Jackeline Martini, que falou sobre a questão da vinculação afetiva no desenvolvimento da personalidade e, principalmente no contexto de crianças que estão em acolhimento, o quanto isso é importante para que elas construam uma nova história.

“A ideia é apresentar um pouco dos conceitos por meio da psicologia com ênfase na psicanálise e depois fazer uma roda de conversa no sentido de esclarecer as dúvidas. Nesse momento as pessoas ficam com muitas dúvidas acerca do apadrinhamento, como isso vai ser de fato efetivo na vida da criança”, concluiu Jackeline.

A capacitação é transmitida por videoconferência e conta com a interação com os palestrantes dos participantes das comarcas de Nova Alvorada do Sul, Aquidauana, Água Clara, Paranaíba, Ponta Porã, Dourados e Corumbá.

Nesta sexta-feira (14), a partir das 19h30, as expectativas dos padrinhos com o padrinhamento estarão em foco com a discussão da construção do vínculo: comunicação, limites e regras de convivência, com Liene Viração Morais. Para encerrar, os participantes falarão sobre os papeis sociais no apadrinhamento e farão uma dinâmica com zumba.

Saiba mais – O apadrinhamento é uma forma de garantir aos jovens e crianças institucionalizados uma oportunidade de conviver em família e estabelecer vínculos afetivos enquanto aguardam pela adoção ou até mesmo a reinserção em sua família de origem.

Todos os interessados devem participar da capacitação, que é o primeiro passo para fazer parte do projeto. Para ser padrinho não importa cor, posição social, religião ou preferência política: vale o amor e a boa vontade.

Mas, como se trata de um público em situação de vulnerabilidade, a Vara da Infância, da Adolescência e do Idoso realiza ao longo do curso um treinamento com diversos aspectos envolvidos nessa ação social.

Mais informações podem ser obtidas no Núcleo de Adoção do Fórum, situado na Rua da Paz, 14, e pelos telefones 3317-3512, 3317-3548 e 3317-3551.

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