TJMS | Da redação/com TJMS | 15/05/2015 10h44

Corregedoria do CNJ aplaude projeto do Judiciário sul-mato-grossense

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Mais uma vez os projetos de justiça social promovidos pelo Poder Judiciário em Mato Grosso do Sul são reconhecidos nacionalmente. A Corregedoria Nacional de Justiça, órgão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), destacou na sessão “Nosso Aplauso!”, em seu portal, a iniciativa inédita do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul, por meio do projeto “Pintando Educação com Liberdade”, que já reformou três escolas públicas de Campo Grande com mão de obra de presos do regime semiaberto, beneficiando mais de 2.500 alunos da rede estadual de educação. A reforma da quarta escola começa nas próximas férias do meio de ano.

O governo estadual já economizou mais de R$ 1 milhão com este projeto, pois o principal diferencial da iniciativa, como explica o seu idealizador, juiz Albino Coimbra Neto, titular da 2ª Vara de Execução Penal, “os próprios presos trabalham na obra e todos os custos com materiais são pagos com parte do salário deles e de outros apenados que estão empregados em órgãos públicos, parques e indústrias da cidade”.

Já trabalharam no projeto cerca de 40 reeducandos do regime semiaberto de Campo Grande, que cumprem pena no Instituto Penal Agroindustrial da Gameleira. O presídio é referência nacional em ressocialização dos presos pelo trabalho, pois consegue direcionar cerca de 85% dos apenados para trabalharem em indústrias e hortas instaladas dentro do local e, também, em empresas externas que buscam e trazem os detentos todos os dias, proporcionando o aprendizado de uma nova profissão, salário e cesta básica, além da remição da pena, que diminui um dia de prisão a cada três dias trabalhados.

A matéria aborda a inauguração da terceira obra, na Escola Estadual Padre Mário Blandino, localizada no bairro Aero Rancho, um dos mais populosos da capital sul-mato-grossense, ressaltando os depoimentos de um detento, da diretora, de uma aluna e da mãe de dois alunos, o que reforça o caráter ressocializante da medida do Judiciário estadual. “É uma grande satisfação ver essa escola transformada. É fruto que quem sabe até mesmo eu posso colher, já que meus filhos poderão ser alunos aqui”, disse o reeducando Daniel Matias, 40 anos, que trabalhou como pedreiro na reforma.

Os depoimentos do presidente do TJMS, Des. João Maria Lós, do governador do Estado, Reinaldo Azambuja, do diretor-presidente da Agência Penitenciária, tenente-coronel Pedro César Figueiredo de Lima, e do diretor do presídio semiaberto, Tarley Cândido Barbosa, foram destacados. “Não é apenas uma obra, é um trabalho de ressocialização de quem algum dia cometeu um erro e agora tem a oportunidade de vislumbrar um novo horizonte”, disse o Des. João Maria Lós.

Já foram beneficiadas com o Projeto do Poder Judiciário "Pintando Educação com Liberdade", até agora em Campo Grande, pelo menos 2.500 alunos das escolas estaduais Delmira Ramos, no Bairro Coophavilla II, Brasilina Ferraz Mantero, no Jardim Leblon, e Padre Mário Blandino, no bairro Aero Rancho. A próxima contemplada com a iniciativa será a Escola Estadual Flavina Maria da Silva, localizada no bairro Botafogo. As obras começam durante as férias do meio do ano.

Por isso, o Projeto do Poder Judiciário "Pintando Educação com Liberdade" mereceu o aplauso da Corregedoria do CNJ.

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