Trânsito | Com Estadão Conteúdo | 04/01/2017 14h00

Campanha ‘Gente boa também mata’, do governo Temer, gera polêmica

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Com o slogan, “Gente boa também mata”, o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil está veiculando anúncios que associam crimes de trânsito a pessoas que praticam boas ações, alertando que qualquer um pode cometer imprudências no volante. “Quem planta árvores pela cidade, quem faz trabalho voluntário, quem espalha amor pelas ruas também pode matar. Responder uma mensagem ao volante pode pôr tudo a perder. Gente boa também mata. Se for dirigir, esqueça o celular”, diz um dos comerciais.

Em outro anúncio aparece a seguinte frase: “Quem resgata animais nas ruas, quem vive pela sua comunidade, quem cuida dos idosos também pode matar. Uma ultrapassagem perigosa pode pôr tudo a perder. Gente boa também mata. Não corra. Só ultrapasse com segurança.”

Polêmica

Eleito líder do PSDB na Câmara, o deputado federal Ricardo Tripoli (SP) avisou no Twitter ter pedido a suspensão da campanha “Gente boa também mata”, lançada pelo Ministério do Transporte.

A campanha já está entre os mais comentados do Twitter e viraliza com a #bolafora nas redes sociais.
“Informo que já solicitei a retirada dessa publicidade das ruas”, diz Tripoli. Com informações do Estadão Conteúdo.

Nota do Governo Federal

O governo federal emitiu uma nota sobre a polêmica acerca da campanha criada pela Nova/sb.

Leia abaixo:

“Sobre a polêmica gerada pela campanha “Gente boa também mata”, a Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República esclarece que as peças publicitárias abordam acidentes de trânsito causados a partir das cinco condutas mais perigosas segundo as estatísticas da Polícia Rodoviária Federal. São elas: embriaguez ao volante, excesso de velocidade, ultrapassagens irregulares, uso de aparelho celular e não utilização de dispositivos de segurança. O objetivo do governo é chamar a atenção para atitudes que até mesmo pessoas comuns podem ter ao volante, sem avaliar as consequências.

A campanha é dividida em linhas de comunicação por etapas. Na primeira, o objetivo é chocar e chamar atenção para as práticas que geram acidentes involuntários por pessoas que não tem perfil de risco. Em sua segunda fase, a campanha explica de forma mais didática os cuidados para se evitar os problemas ao conduzir veículo automotor.

O alerta que se faz é que não apenas o motorista estereotipado como “inconsequente” provoca acidente. Mesmo que involuntariamente, qualquer cidadão pode causar acidentes graves e até mortes no trânsito com pequenas atitudes, como mandar um whatsapp enquanto conduz, desviar a atenção das ruas ao trocar a música no rádio ou fazer uma ultrapassagem em locais de risco, sem visibilidade ou em trecho com faixa continua. As mortes no trânsito estão entre as dez principais causas de óbitos no país. É essa realidade que o Governo Federal quer mudar”.

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