Três Lagoas | Com Rádio Caçula | 17/04/2018 11h00

Sial diz que não existe possibilidade de negociação com funcionários

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A Sial Construções Civis LTDA, empresa que executa a obra do Hospital Universitário de Três Lagoas (MS) apresentou respostas à proposta de celebração de acordo coletivo, encaminhada pelo Sintricom/TL (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil Montagem e Mobiliário de Três Lagoas e Região).

A empresa analisou as reivindicações dos funcionários e informou: ‘O prédio do Hospital Universitário de Três Lagoas é uma obra pública, financiada com recursos estaduais e federais, portanto precedida de um processo licitatório, na qual a empresa concorreu com mais 10 empresas e ofertou o preço mais baixo entre todas, com um desconto de 18% sobre o preço mais baixo entre todas as despesas foram rigorosamente calculadas não tendo margem para elastecimento, até porque a contratante não irá ressarcir qualquer acréscimo de despesa não prevista nas planilhas de custo. O contrato é fixo submetido a cláusulas e condições pré-estabelecidas, não tendo qualquer possibilidade de negociação como ocorre em contratos privados ou possibilidade de repassar o custo ao cliente final, como ocorre em incorporações imobiliárias’.

Os funcionários que trabalham na obra do Hospital cruzaram os braços na terça-feira da semana passada, 10 de abril, com o objetivo de reivindicar benefícios e melhores condições de trabalho. Nesta terça-feira (17), uma semana após a primeira paralisação, os funcionários fazem uma nova manifestação em resposta a Sial.

De acordo com Joilson de Jesus, funcionário que representa o grupo, a principal reivindicação serio reajuste de 8% em folha e o aumento no ticket alimentação, de R$ 100 para R$ 250. Os trabalhadores também pleiteiam alimentação, –café da manhã e almoço-, e o transporte dos funcionários até a obra.

Sobre a solicitação do café da manhã a Sial informou que a empresa terá a opção de fornecer um cartão refeição, ou fornecer o café da manhã. Neste caso a empresa já fornece um vale alimentação de R$ 100, que perfaz uma média de R$ 4,76/dia.

Para a solicitação do almoço, a Sial informou que este benefício não esta previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT 2017/2018), e a empresa não pode arcar com estas despesas, já que o benefício elevaria o custo da obra.

Quanto ao reajuste salarial de 8%, informou que remunera carpinteiros, pedreiros armadores, encanadores e eletricistas em 15,18%, superior ao piso salarial estabelecido. A empresa informou ainda que o reajuste para todos os funcionários ocorrerá quando divulgado pelo Sintricom/TL, mediante a nova Convenção Coletiva de Trabalho.

Sobre o vale transporte a Sial informou que o benefício é oferecido ao trabalhador, tendo ele a opção de requer ou não. O desconto para os que requere o benefício é de 3% sob o valor em folha.

Quanto ao plano de saúde a Sial informou que o beneficio não está contemplado pela CCT da categoria, e que não há previsão legal de obrigatoriedade da empresa em conceder o benefício. De acordo com o documento, a Sial não tem condições de arcar com estas despesas.

A empresa comunicou que não será possível alterar as regras de contratos de trabalho dos atuais funcionários, podendo colocar em risco toda execução da obra.

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