Agronegócio | Da Redação/Com Agrolink | 26/10/2015 11h39

Vendas de agroquímicos vão crescer 6% ao ano no Brasil

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De acordo com pesquisa realizada pela Consultoria Kleffmann, o Brasil deve continuar liderando o crescimento do mercado global de agroquímicos. Enquanto o avanço nas vendas de defensivos agrícolas é projetado em 3% anuais no nível global, o crescimento no País será de 6% ao ano até 2019, prevê o estudo.

A expansão do mercado mundial é apenas a metade do que foi registrado nos últimos cinco anos, em função da queda nos preços internacionais das commodities e do arrefecimento da economia chinesa. “Há uma pressão sobre os preços das commodities e um impacto sobre os gastos dos produtores, mas eles ainda estão ganhando dinheiro, embora em todo o mundo eles digam que não estão”, afirma Bob Fairclough, líder da pesquisa da Kleffmann ao jornal Valor.

Parte da explicação do melhor desempenho brasileiro vem de questões cambiais. O Real desvalorizado diante do Dólar tem garantido ganhos aos produtores, apesar dos altos custos dos insumos. De acordo com a Kleffmann, o mercado de agroquímicos gerou US$ 9,74 bilhões no Brasil no ano passado – bem abaixo dos US$ 12 bilhões apontados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg). 

Bob Fairclough sustenta que o mercado apresenta três categorias de empresas. As multinacionais seriam as “top tier”. No “second tier” estão companhias como a australiana Nufarm e a indiana UPL, que aposta na estratégia de reutilizar moléculas com patentes já expiradas inovando nas formulações.

O terceiro grupo é o de empresas de genéricos sem a mesma “abordagem de negócio”, nas palavras do representante da Kleffmann. “Elas têm plantas na China e na Índia e estão interessadas em volume e market share, com preços que, em casos extremos, equivalem a até 10% dos praticados pelos demais [players]”, conta.

O analista estima que, vencendo as barreiras burocráticas e regulatórias do Brasil, essas companhias vão alterar a configuração do setor nos próximos três a cinco anos: “Isso pode não ser bom no longo prazo, porque elas tendem a oferecer ao agricultor um produto mais barato, o que talvez não se sustente nem ofereça a mesma qualidade”, alerta.

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