Água Clara | Da redação/ com Portal AC | 11/04/2016 16h39

Rebelião em Delegacia ressalta problema da custódia de presos

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Na última quinta-feira (07), os 24 presos custodiados na delegacia de Água Clara fizeram um princípio de rebelião para pedir agilidade na transferência deles para cadeias públicas ou penitenciárias. O prédio tem duas celas com capacidade para abrigar oito pessoas, contudo, constantemente está superlotado com pessoas presas por diversas passagens, sendo a maioria tráfico de drogas.

O Sinpol-MS diversas vezes denunciou a situação as autoridades competentes que, eventualmente amenizam a situação com as transferência de alguns presos, mas o problema volta a se repetir devido a falta de planejamento e investimento em Segurança Pública. “Historicamente, as medidas são adotadas para sanar o problema no momento, mas não há um planejamento, nem investimentos nos lugares certos. A rebelião demonstrou que o problema existe e que, até mesmo os presos, estão cansados desta situação”, declarou o presidente do Sinpol-MS, Giancarlo Miranda.

Durante a rebelião, os detentos batiam nas grades, tentavam quebrar as paredes, xingavam os policiais civis e ameaçavam incendiar colchões e roupas caso o Ministério Público não os atendesse. “No momento do fato, estavam na delegacia apenas um investigador e o delegado. Foi necessário chamar os policiais civis que estavam de folga para dar suporte”, destacou o sindicalista.

Um representante do Ministério Público esteve no local e acalmou os ânimos após conseguir a transferências de cinco pessoas para a penitenciária de Três Lagoas. Haviam 19 presos custodiados na delegacia de Água Clara, sendo um adolescente que está em uma cela separado dos adultos, contudo ele estasva prestes a ser liberado, pois não conseguiram vaga na UNEI.

As autoridades que compõem a Segurança Pública de MS se comprometeram a buscar uma solução para o fim da custódia de presos nas delegacias. Em 11 de abril, a Agepen deve apresentar um estudo sobre o planejamento da absorção gradual dos detentos a ser executado por completo até o final de 2018.

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