Aparecida do Taboado | Da Redação/Com Jornal do Povo | 13/11/2013 11h40

Aumenta índice de leishmaniose em Aparecida

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O aumento dos casos de leishmaniose canina em Aparecida do Taboado colocou o setor da Vigilância Sanitária em estado de alerta. Em inquérito canino iniciado em março deste ano, 180 animais foram submetidos ao teste rápido da doença. Desse total, 15% estavam contaminados com a doença; índice considerado mais que preocupante em uma cidade que, até o ano passado, tinha confirmado uma média de quatro a cinco casos de cães com leishmaniose, sendo que todos eles importados de outros municípios.

“Esse inquérito foi feito conforme a demanda e o resultado nos surpreendeu. Até então, não tínhamos leishmaniose na cidade, embora cercados de municípios endêmicos, tanto do nosso Estado quanto de cidades do Estado de São Paulo”, informou o coordenador da Vigilância Sanitária, Adilson Valentim de Freitas.

De acordo com ele, a preocupação em torno da leishmaniose surgiu quando um caso humano fora confirmado no município – até então, outro caso havia sido registrado, mas a investigação da saúde apontou que ele havia sido importado do Tocantins.

Para tentar controlar a doença, recentemente, 27 armadilhas para capturar o flebótomo – mosquito transmissor da doença – foram implantadas em diversos pontos da cidade. Dessas, em ao menos sete houve mosquitos apreendidos. “Estamos esperando o resultado dos exames, feitos no laboratório de Três Lagoas, para traçar quais serão os próximos passos. Enquanto isso, já esperamos realizar uma nova etapa do inquérito canino e demos início a algumas ações de controle de vetores”, completou.

O novo mutirão de testes rápidos da leishmaniose canina será feito no dia 23 desse mês, em conjunto com a Campanha Nacional de Vacinação Antirrábica. A meta, explicou Freitas, é realizar o teste em pelo menos 500 animais. Serão sete pontos de vacinação e de testagem, em sete bairros diferentes.  O objetivo é aplicar o teste rápido – cujo resultado sai em 15 minutos – em uma média de 100 a 120 cães por ponto de vacinação.

Caso dê positivo, o proprietário do animal irá assinar um termo para a entrega do animal, posteriormente, para eutanásia. “O dono do animal também poderá solicitar, caso o cão não seja sintomático, uma contraprova. Esse segundo teste é o Elisa, cujo material coletado é encaminhado para Campo Grande. Embora, não estejamos tendo resistência dos moradores”, lembrou.

Para essa mobilização, a Secretaria Municipal de Saúde irá contar com a participação de uma média de 40 servidores, entre agentes de endemias e de saúde. Além disso, Aparecida do Taboado deverá solicitar o apoio dos acadêmicos do curso de medicina veterinária de Andradina (SP). “Esse novo inquérito também nos auxiliará na hora de traçar as medidas de combate à cadeia transmissora da doença.

Com o resultado desses inquéritos, poderemos traçar quais são os bairros com maior infestação da doença”, explicou Adilson Freitas. De acordo com ele, o município ainda busca tentar identificar como se deu a entrada no mosquito na cidade. Ao que tudo indica ela pode ter ocorrido com o aumento do fluxo rodoviário interestadual no município.

O material para teste rápido da leishmaniose canina foi entregue ao município pelo governo federal depois da confirmação do caso humano, quando Aparecida do Taboado passou a ser considerada uma cidade endêmica. 

Atualmente, a população canina de Aparecida do Taboado de pouco mais de quatro mil cães. 

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