Brasilândia | Da redação/com JPTL | 17/06/2013 08h50

Fibria garante acesso de ceramistas às jazidas de argila da cidade

Compartilhe:

Brasilândia (MS) - A Fibria autorizou uso de sua área para garantir aos ceramistas de Brasilândia acesso às jazidas de argila na barranca do rio Paraná. No mês de março, decisão judicial vetou o acesso aos bancos de argila, desencadeando uma série de manifestações públicas. As dificuldades de obtenção de matéria-prima provocaram crise no setor oleiro-cerâmico. Em Brasilândia, a atividade é desenvolvida pelos assentados do Novo Porto João André.

Os ceramistas foram proibidos de extrair argila das jazidas da Cesp pelo juiz Rodrigo Barbosa Sanchez porque elas estão dentro de uma Área de Proteção Permanente (RPP). Em Brasilândia estão em funcionamento 35 cerâmicas que empregam 1.000 trabalhadores. Há cinco anos, os ceramistas brigam na Justiça por uma jazida alternativa. Com o veto judicial, a fonte de matéria-prima mais próxima ficou a 140 quilômetros.

Na última terça-feira, o prefeito Jorge Diogo (PT) recebeu em seu gabinete representantes da  Fibria, que anunciaram a liberação de uma área para a passagem de veículos usados na  retirada e transporte de argila.

LICENÇA AMBIENTAL

O assunto foi discutido pela consultora de Sustentabilidade da Fibria, Evania Lopes, com o prefeito Jorge Diogo e o secretário municipal de Administração, Waldemar Firmino. Hoje só é possível ter acesso às jazidas na APP através da área da qual a Fibria é arrendatária.

O prefeito lembrou que, após essa autorização, no entanto, é preciso cumprir outras etapas burocráticas, como a liberação da licença ambiental para abertura da estrada, que deve ser solicitada pelo proprietário das jazidas - no caso, a Cesp.

“A nossa intervenção junto à Fibria, visando à permissão para o tráfego de caminhões com transporte de argila, foi pensando nos benefícios que trará aos ceramistas e oleiros do município e, em especial, do Núcleo do Reassentamento Novo Porto João André, os quais terão oferta da matéria-prima próximo das indústrias. Assim, não é preciso ‘importar’ argila de Paulicéia e Panorama e acredita-se na obtenção de preços menores”, disse Jorge Diogo.

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS