Chapadão do Sul | Da Redação/Com Assessoria | 14/04/2013 11h44

Chapadão do Sul atrai norte-americanos para produção pioneira no Brasil

Compartilhe:

O prefeito Luiz Felipe Barreto e os Secretários Ilton Henrichsen (Obras), Altair Bevilacqua (Finanças), Tiago Maia (Desenvolvimento e Meio Ambiente) e Charles Sturmer (Secretário Adjunto de Governo) reuniram-se na tarde de quinta-feira, 11 de abril, com agricultores e pecuaristas da cidade para apresentar o projeto de um grupo norte-americano que pretende instalar em Chapadão do Sul uma usina de Etanol de Milho. Por tratar-se de algo inédito no país, dois representantes executivos das empresas Bio Urja Trading LLC e POET fizeram uma explanação sobre o que é, como funciona e os benefícios da Usina de Etanol, que também será a primeira Bio Refinaria do Brasil.

A produção de Etanol de milho é uma realidade nos Estados Unidos assim como é o Etanol produzido a partir da cana-de-açúcar para os brasileiros. O grupo Bio Urja Trading LLC e POET têm 82 terminais desse tipo naquele país e são responsáveis por 10% do mercado americano de Etanol. Além disso, a companhia exporta o combustível para o Japão, Austrália e África.

De acordo com os executivos, o interesse em produzir Etanol de milho no Brasil é resultado de um estudo que aponta que até 2020 serão necessárias pelo menos mais 20 usinas de combustível para manter o abastecimento da frota brasileira. Além disso, a gasolina tende a ficar mais cara nos próximos anos. As muitas destilarias instaladas no chamado Corn Belt – o cinturão do milho americano – também revelam que o combustível tende a ganhar espaço. Além do Etanol de Milho, a Usina deste porte produz o DDG, que é um subproduto agregado dentro desse processo e é usado na ração animal por conter alto valor energético e proteico.

Chapadão do Sul foi a cidade escolhida para o empreendimento porque entre todas as outras do estado, “é a que reúne tudo o que nos é necessário: empreendorismo, tecnologia, boa localização, muita área plantada e pecuária”, explicou Marcos Machado, representante do grupo.

O diferencial na Usina de Milho aqui em Chapadão do Sul é que, para baratear os custos da produção, serão usados como combustível das caldeiras as chamadas Biomassas: capim braquiária e palhada. Nos EUA é utilizado o Gás natural, que ainda é caro no Brasil.

Parceria

De acordo com os representantes das empresas Norte-americanas, a Usina de Milho funciona 350 dias por ano e utiliza nesse período cerca de 340 mil toneladas de milho. Para seu perfeito andamento é necessário uma parceria com agricultores e pecuaristas, que podem lucrar produzindo matéria-prima e biomassa. Além disso, abre-se a oportunidade de introduzir na pecuária nacional o DDG, alimento de alta qualidade para animais em confinamento.

Os produtores de Chapadão do Sul mostraram-se animados com o empreendimento. Para o Prefeito Luiz Felipe, a vinda da Usina revela mais uma vez o pioneirismo de Chapadão do Sul: “Temos uma agricultura diferenciada, qualificada e de alta tecnologia; precisamos trazer investimentos que agreguem valor ao que já temos de melhor”. Para ele, os benefícios das novas e melhores oportunidades de negócios não se restrigem apenas aos agricultores e pecuaristas, mas se estendem à toda população. “Vem de encontro às necessidades de desenvolvimento da nossa cidade”, completa.

Pelo cronograma do grupo, caso o negócio se concretize, a Usina poderá iniciar suas atividades em Chapadão do Sul no início de 2015, oferecendo cerca de 150 empregos diretos e mais de 500 indiretos. Para isso serão investidos cerca de 70 milhões de dólares. 

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS