Chapadão do Sul | Da Redação/Com JPNews | 01/04/2015 02h15

Delegado quer integração entre polícias Militar e Civil

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A população de Chapadão do Sul pode estar perto de ver o índice de criminalidade do município reduzir em cerca de 80%, caso um projeto idealizado pelo delegado Danilo Mansur receba o aval da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) de Mato Grosso do Sul.

Mansur explicou que em Costa Rica já funciona o Grupo Tático de Operações (GTO), que tem dado excelentes resultados. “Apesar do Governo Estadual realizar concursos, muitos policiais pedem transferência para a Campo Grande, se afastam das atividades ou passam em outros concursos, o que deixa Chapadão com o efetivo policial baixo. Esse grupo especializado colocaria fim ao problema”, salientou.

A ideia, de acordo com ele é montar uma polícia desburocratizada. Tirariam os policiais dos bicos da iniciativa privada durante os dias de folga e os colocariam à serviço da comunidade.

Equipes com quatro pessoas a cada plantão fariam ronda nas ruas e atenderiam ocorrências grandes como homicídio, tráfico, roubo e outros. Eles não teriam a responsabilidade de atender situações menores como acidentes de trânsito e nem transferência de presos.

O delegado explicou à reportagem que essas equipes teriam um veículo caracterizado - pintado de preto, com giroflex, rádio, armamento e usariam farda própria do grupo.

Com esse grupo, outro problema comum também seria amenizado, que é a separação entre as polícias Civil e Militar, passando a uni-las.

O projeto de lei para criar o grupo tático de operações no município já foi aprovado pela Câmara de Vereadores, no dia 4 de março. “Falta apenas a Sejusp autorizar o repasse mensal para pagar os policiais que atuariam nesta equipe especial, para assim montarmos esse grupo”, revelou Mansur.

O delegado disse já ter conversado com a presidente do Legislativo de Chapadão, Sônia Maran, e, segundo ela, a equipe da Sejusp está animada com a ideia, mesmo porque o governador Reinaldo Azambuja já havia manifestado o desejo de fazer algo parecido, porém maior, objetivando atender todos os municípios do MS.

Caso a Secretaria de Segurança abrace a causa, será criado um Conselho Municipal de Segurança em Chapadão do Sul, que é o órgão a se responsabilizar pelo grupo.

O delegado explica que, o dinheiro das diárias pagas aos policiais civis e militares sairia da sobra do duodécimo da Câmara, que é repassada à Prefeitura que iria a transferi-la ao Conselho de Segurança. “Cada diária sairia R$ 200. Só recebe quando trabalha e, o interesse dos nossos policiais para fazer parte desta equipe especial é massante. Também temos a ideia de pedir a colaboração aos homens do Garras da Polícia Civil [Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Sequestros] e do Bope da PM [Batalhão de Operações Especiais] para dar treinamento aos nossos policiais”, avaliou.

Para Mansur, o objetivo final do grupo tático de operações é evitar que o crime ocorra e, caso aconteça, que o suspeito seja preso em seguida.

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