Chapadão do Sul | Da redação/com JovemSul News | 04/10/2013 11h55

Município vive surto epidêmico de doenças que atacam cães

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Chapadão do Sul (MS) - Chapadão do Sul está vivendo um surto de Parvovirose e Cinomose doenças que atacam os cães. Muitos animais foram detectados nos últimos dias com sintomas dos vírus em Chapadão do Sul.

Segundo o médico veterinário Fabrício Porcaro de Abreu, as doenças citadas são muito complexas devido a falta de informações por parte dos donos dos animais. “O proprietário do cachorro, ao adquiri-lo deve certificar-se de que o mesmo está com as vacinas em dia, elas garantem a imunidade do animal em quanto filhote”. ”Já na idade adulta ele deve ser imunizado pelo menos uma vez ao ano contra as doenças citadas”, concluiu Fabrício.

Lembrou ainda que muitos proprietários realizam, ou preocupam-se somente a vacinação contra a raiva, que é igualmente importante, mas, que não imuniza de maneira nenhuma o animal contra a Parvovirose e a Cinomose.

O veterinário salientou que o animal no início de sua vida, aos 30 dias de idade, deve ser vermifugado, com 45 dias deverá tomar a primeira de quatro doses da vacina contra a Parvovirose e a Cinomose. Depois na idade adulta, deve ser ministrada 0 vermifugamento e a vacinação uma vez ao ano. Assim o animal terá uma vida saudável longe de vírus letais.

Com o surto que ocorre no município poderá provocar a morte de grande quantidade de animais.

Em casos de contaminação e morte de animais recomenda-se a dedetização ou a calagem dos ambientes e o cumprimento de quarentena, antes de se adquirir novos animais.

Parvovirose

A Parvovirose é uma das viroses mais conhecidas e mais contagiosas entre os cães domésticos, sendo também chamada de Enterite Canina Parvoviral.
Ataca mais cães jovens do que adultos, pelo fato destes últimos serem mais resistentes pela imunidade naturalmente adquirida.

Apresenta alta mortalidade, cerca de 80%, principalmente entre cães jovens e de raças puras ou animais fracos ou debilitados por verminoses ou outras moléstias, inclusive carenciais.

A doença é causada por um vírus classificado entre outros que atacam ratos, porcos, gado e o homem.

Transmissão

Existe uma pequena possibilidade de infecção no homem pelo parvovírus aparentemente combinado com outros adenovírus, causando alterações no trato respiratório superior e olhos. Entretanto, no homem não há gravidade e conseqüências que se apresentam para os cães.

Sintomas

No cão, a doença se estabelece principalmente no aparelho digestivo, provocando elevação da temperatura, podendo atingir 41ºC, e em animais mais velhos pode ocorrer diminuição da temperatura. Nessa fase o animal se torna sonolento e sem apetite, logo após tem início o vômito e diarreia escura com sangue e odor fétido. Alguns animais apresentam também tosse, além de inchaço nos olhos ou inflamação da córnea (conjuntivite).
O coração do animal também se inflama (Miocardite), principamente quando o animal é jovem, causando morte em geral repentina de evolução rápida, às vezes em questão de dias ou até horas.

Sintomas da Cinomose

Quase todos os sinais clínicos da Cinomose se dão devido às infecções bacterianas secundárias e a taxa de mortalidade pode variar de 0 a 100%, também dependendo muito da resistência e idade do animal. O vírus da Cinomose pode afetar qualquer região do Sistema Nervoso Central e os sinais neurológicos podem ocorrer durante, após ou na ausência de sinais multissistêmicos.

Os principais sintomas variam entre mal-estar, anorexia, depressão, febre de 39,5 a 41ºc, rinite (descarga nasocular serosa e mucopurulenta), conjuntivite (descarga nasocular serosa e mucopurulenta), pneumonia, tosse, vômito, diarréia, ceratoconjuntivite (descarga ocular serosa e mucopurulenta), cegueira, ataques convulsivos, alteração comportamentais, incoordenação dos movimentos e tremores musculares.

Em relação aos estágios da doença, geralmente observam-se sinais sistêmicos e dependendo do animal, os sinais nervosos progressivos também, mas não necessariamente nesta ordem. O vírus tem particular afinidade por tecidos linfóide e epitelial (tratos respiratório, gastrintestinal, urinário e pele) e pelo sistema nervoso central. Dependendo do proprietário do cão, faz-se o tratamento paliativo. A eutanásia pode ser sugerida pelo profissional veterinário, quando a doença apresenta-se na fase nervosa, cinomose não oferece risco aos humanos.

Doença evolui rapidamente

A doença não demora a se manifestar os sintomas surgem em até 15 dias após o seu contágio. A eutanásia (ou sacrifício) se faz necessária por conta da evolução da doença. Então assim que identificarmos qualquer suspeitas devemos leva-los rapidamente ao veterinário a fim de evitar o pior.

Para maiores informações procurem um médico veterinário.

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