Chapadão do Sul | Da Redação/Com Jovem Sul News | 18/01/2013 12h57

Pesquisadores e produtores utilizam rocha para melhorar o solo

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Nesta quinta-feira, 17 de janeiro foi realizado o Dia de Campo sobre Rochagem, na Fazenda Ouro Verde, na Pedra Branca, em Chapadão do Sul.

Naquela propriedade rural, de Ademir Antônio Görgen existem dois experimentos a campo, em lavoura comercial de soja, com utilização de pó de rocha, que fornece nutrientes ao solo como cálcio, fósforo, magnésio e, principalmente, potássio.

Os estudos desenvolvidos são financiados pelo Fundo Mineral (Finep). A pesquisa tem como objetivo substituir fontes convencionais de nutrientes, dos quais o Brasil é dependente ainda de 70% de matérias-primas importadas, por fontes regionais, mais sustentáveis.

Mostraram os pesquisadores e produtores rurais de Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Piauí os benefícios técnicos e econômicos obtidos com o uso do pó de rocha. O produto pode ser potencializado com estercos. Alertam os palestrantes que não se trata da total e imediata substituição da adubação química. O pó de rocha veio para agregar e até promover o aumento gradativo do teor de argila do solo.


Comprovou-se que com o uso da rocha ocorre melhor liberação de nutrientes, que sem ela seria mais difícil, por exemplo, o cilício existente no produto ajuda a liberar o fósforo para a planta. Ainda observa-se maior fixação do nitrogênio, entre outras reações químicas que favorecem o aumento da produtividade das plantas.

Para elaboração do receituário, no momento da indicação ou uso do produto é necessária a análise da rocha, do solo e das condições de logística, para que se obtenha um bom resultado técnico, agronômico e econômico. Para que seja viável economicamente a jazida da rocha não pode ultrapassar os 350 km da propriedade que será utilizado. No momento o tipo de rocha mais abundante e disponível é o Micaxisto.

O uso prolongado do pó de rocha tem mostrado redução do custo da lavoura, melhor controle das pragas, equilíbrio entre o solo e a planta. Os estudos e experimentos ainda estão em andamento, com maior intensidade na cultura da soja. Na maioria dos experimentos o pó de rocha é aplicado a lanço e sem a incorporação mecânica ao solo.

Em pastagens a Embrapa já conseguiu excelente resultado em terras arenosas e degradadas, saindo de 0,5 cabeças por hectare para 4 cabeças de vacas leiteiras p/ha., usando apenas como adubação o pó de rocha.

Nas plantações de soja de Ademir Görgen, onde ele utilizou o pó de rocha foram abertas duas trincheiras, uma em terra mista e outra em terra arenosa, em ambas observa-se o melhoramento radicular das plantas.

Após as palestras foi servido almoço aos participantes na sede da Fazenda Ouro Verde.

De 12 a 17 de maio ocorre o II Congresso Nacional de Rochagem, na cidade de Poços de Caldas (MG), com apresentação de trabalhos nacionais, internacionais, e palestra sobre a Regulação, licenças e normatização voltadas à comercialização e ao uso de pó de rocha na agricultura.

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