Ciência | Superinteressante | 28/08/2018 08h00

Robôs e trolls russos semeiam discórdia sobre vacinas no Twitter

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Uma análise de 1,8 milhão de tweets publicados entre julho de 2014 e setembro de 2017 revelou que robôs e perfis falsos baseados em território russo usam o Twitter para jogar lenha na fogueira das discussões sobre vacinação. Nos EUA, por exemplo, 93% do conteúdo disponível sobre o assunto na rede social contém afirmações hostis ou links perigosos – tudo produzido sob medida para diminuir a confiança da população em campanhas de imunização em massa.

As contas clandestinas produzem posts que associam a vacinação a questões polêmicas, como preconceito de classe (a elite recebe vacinas mais puras que as pessoas comuns), sociedades secretas (não tome vacinas, os Illuminati estão por trás delas) e religião (eu não acredito em vacinas, eu acredito na vontade de Deus). Os tweets falsos não necessariamente se opõem à prática: alguns zombam dos conspiradores, sempre de maneira ofensiva (não dá para consertar estupidez, deixe que eles morram de sarampo. Eu apoio a vacinação!).

Pais desinformados geralmente recorrem à internet para sanar dúvidas sobre a vacinação de seus filhos – e acabam sendo expostos a tantas mentiras que podem acabar pensando que não há consenso cientifico sobre a prática. “A maior parte dos americanos acredita que vacinas são seguras e eficientes, mas quem acompanha o Twitter tem a impressão de que há muito debate sobre o assunto“, afirmou, em comunicado, David Broniatowski, pesquisador da Universidade George Washington e líder do estudo.

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