Diagnóstico precoce ajuda a reduzir casos de hepatite
Nesta quinta-feira (28), é o Dia Mundial de Lutas contra as Hepatites. Com aproximadamente 30 mil casos de hepatites A, B e C notificadas por ano, segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil tem como principal desafio o diagnóstico precoce para reduzir o número de casos da doença.
Para o coordenador da Campanha Hepatite Zero, Eduardo Lima, da Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite, é preciso incentivar ainda mais a população a realizar os testes para diminuir os casos no País.
"O risco de transmissão hoje da hepatite nos hospitais é baixo, mas a doença é silenciosa. O sintoma aparece quando você está no estágio bem avançado. Aí, é mais difícil o tratamento. A hepatite C tem cura, e aí você precisa saber que tem para poder buscar tratamento."
Desde 2011, o SUS distribui testes rápidos para a hepatite C. Em 2014, foram realizados 1,4 milhão de testes. A orientação do Ministério é que todos os adultos façam o teste da doença, especialmente o tipo C, disponível gratuitamente na rede pública de saúde de todo o País.
Sintomas
A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. É uma doença silenciosa que nem sempre apresenta sintomas. Quando aparecem, podem ser percebidos cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
Transmissão
O vírus pode ter sido transmitido às pessoas que passaram por alguma cirurgia antes de 1993, em razão de infecção hospitalar por meio de transfusões de sangue. O uso de drogas injetáveis, tatuagens e hemodiálise também são meios de transmissão.
Tratamento
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza tratamentos que aumentam as chances de cura da hepatite C em até 90%. A terapia tem duração de 12 semanas, contra as 48 semanas de duração da anterior.
Casos
A hepatite C, a mais comum no Brasil, já teve 120 mil casos confirmados no País, dos quais 100 mil foram tratados. São cerca de 10 mil novos casos por ano e, aproximadamente, três mil mortes associadas à doença no País.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que – em todo o mundo – 400 milhões de pessoas estejam infectadas pelos vírus da hepatite B e C, número dez vezes maior que o de pessoas contaminadas pelo HIV. No entanto, a maior parte dos portadores não sabe que está doente. Segundo a OMS, apenas uma em cada 20 pessoas com hepatite viral sabe que está doente e só uma em cada 100 com a doença está recebendo tratamento.
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