Direitos Humanos | Da redação/ com Hoje Mais | 09/04/2016 08h40

Lei da Mordaça é vista como um retrocesso por instituições de MS

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Membros da Comissão de Combate e Enfrentamento à Violência Contra a Mulher (Comcevid), se reuniram com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), Mansour Karmouche para discutir sobre o Projeto de Lei 8.242/16, batizada como “Lei da Mordaça”. O encontro aconteceu nesta terça-feira (5). Na ocasião, as representantes das Comissões apresentaram documentos para solicitar que a entidade se manifeste a respeito da constitucionalidade do Projeto de Lei em questão.

Segundo a presidente do Coletivo de Mulheres Negras de Mato Grosso do Sul, Ana José Alves, o PL vem de encontro com a luta da instituição. “Este projeto viola o direito e a igualdade de gêneros. É um retrocesso para a sociedade”, manifestou Ana. O Projeto de Lei foi aprovado na última semana pela Câmara Municipal de Campo Grande e veta questões como sexualidade e política nas escolas do município.

Para Carine Beatriz Giaretta, presidente da Comcevid, o projeto de lei, se aprovado, será um atraso para a educação. “É justamente no ambiente escolar que discutimos questões como a de igualdade de gêneros. A partir do momento que tiram essa capacidade do professor, podemos criar cidadãos alienados em relação a assuntos tão importantes”, avaliou.

O vereador Eduardo Romero exaltou a importância da OAB/MS se manifestar sobre a constitucionalidade o projeto. “A OAB é uma instituição que conhece todos os processos jurídicos, constitucionais e democráticos, daí a importância de uma análise criteriosa a respeito do PL em pauta. A Ordem representa a voz da democracia”, disse.

De acordo com o presidente da OAB/MS, Mansour Karmouche, embora a entidade se resguarde do direito de apresentar uma opinião sobre a lei da mordaça, vai ouvir todas as partes envolvidas para emitir um posicionamento oficial e, deliberar, junto ao Conselho Seccional quais medidas serão adotadas pela instituição.

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