Emprego | Da redação/ com FIEMS | 22/01/2016 11h02

Emprego na indústria cai pelo 11º mês consecutivo

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O emprego na indústria caiu pelo 11º mês seguido. Em novembro de 2015, o recuo foi de 0,4% na comparação com outubro. Na comparação com igual mês de 2014, o emprego industrial mostrou queda de 7,2%. Com esse resultado, o setor acumula queda de 6% no ano de 2015 até novembro e de 5,9% em 12 meses. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A queda de 7,2% na comparação com mesmo mês de 2014 é o 50º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto.

O recuo de 5,9% na taxa acumulada nos últimos 12 meses foi o maior desde o início da série histórica, em dezembro de 2000, e manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1%), segundo o IBGE.

Setores

Na comparação com novembro de 2014, o emprego caiu em 17 dos 18 ramos pesquisados pelo IBGE, com destaque para meios de transporte (-14,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-15,8%), máquinas e equipamentos (-10,0%), borracha e plástico (-12,5%), produtos de metal (-11,7%), vestuário (-9%), minerais não-metálicos (-9,4%), outros produtos da indústria de transformação (-11%), produtos têxteis (-9,2%), metalurgia básica (-9,1%), calçados e couro (-5,1%), papel e gráfica (-3,6%), indústrias extrativas (-5,1%) e madeira (-5,6%). O único resultado positivo foi no refino de petróleo e produção de álcool (0,7%).

No acumulado dos 11 meses do ano, a taxa também ficou negativa nos 18 setores, com destaque para meios de transporte (-11,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,7%), produtos de metal (-10,7%), máquinas e equipamentos (-8%).

Horas pagas

Seguindo os outros indicadores, o de número de horas pagas aos trabalhadores da indústria também recuou. A baixa foi de 0,2% na comparação com outubro, a 9ª queda seguida. Já na comparação com novembro de 2014, o número de horas pagas diminuiu 7,7%, a 30ª taxa negativa consecutiva no tipo de comparação.

No ano, as horas pagas registraram queda de 6,6% e, em 12 meses, de 6,5% - resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica e manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%).

No início do mês, o IBGE disse que a produção da indústria nacional havia caído pelo 6º mês seguido. Em novembro na comparação com outubro, o recuo foi de 2,4%. A queda do penúltimo mês do ano foi a mais forte desde dezembro de 2013, quando a retração chegou a 2,8%. Já em relação a novembro do ano passado, a retração foi ainda maior, de 12,4%, a maior da série histórica do IBGE, que tem início em 2003.

Folha de pagamento

O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria recuou 2,2% na comparação com outubro, quinto resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período redução de 7,4%.

"No índice desse mês, verifica-se a influência negativa tanto da indústria de transformação (-1,6%), que permaneceu com taxas negativas pelo 11º mês seguido, como do setor extrativo (-0,4%)", informa o IBGE.

Na comparação com novembro de 2014, o valor da folha de pagamento real mostrou queda de 10,6%, 18ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e a mais intensa desde o inicio da série histórica, com resultados negativos nos 18 ramos investigados.

No índice acumulado nos 11 meses de 2015, o valor da folha de pagamento real assinalou redução de 7,5%, também com taxas negativas nas 18 atividades pesquisadas.

No índice acumulado dos últimos 12 meses, a redução foi de 7,1%, resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica para o período analisado e permaneceu com a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2014 (1,6%).

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