“A CTG garantiu a contratação dos funcionários da Cesp, porém, não queremos ter que pedir demissão"

 

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Emprego | Da redação/ com Gisele Mendes/ Hoje Mais | 04/05/2016 10h27

Funcionários da Cesp querem demissão para serem recontratados

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Funcionários da Cesp (Companhia Energética de São Paulo) de Três Lagoas e Ilha Solteira se reuniram, nesta terça-feira (3), com representantes do Sitiecc (Sindicato dos Trabalhadores de Energia Elétrica de Campinas) para discutir a possibilidade de serem demitidos pela companhia para serem contratados pela CTG (China Three Gorges Comporation), empresa que venceu o leilão no dia 25 de novembro do ano passado, ao valor total de outorga de R$ 13,8 bilhões. A empresa conquistou o direito de operar as usinas nos próximos 30 anos.

Desde que a empresa foi leiloada, os funcionários concursados da Cesp receberam duas propostas: pedir demissão para serem contratados pela CTG ou serem transferidos pela Cesp para outras cidades onde há a companhia – Porto Primavera, Presidente Epitácio, Paraibuna, Jaguari ou para a grande São Paulo. Contudo, 87% deles querem ser contratados pela empresa chinesa, mas para isso preferem ser demitidos para ganhar todos os benefícios da rescisão trabalhista.

De acordo com Marcos Pessoa, representante sindical da Cesp de Três Lagoas, atualmente, a companhia mantém 92 funcionários dede o leilão, contudo, no dia 1º de julho a CTG assume, de fato, a concessão, manutenção e operação das usinas com 100% de funcionários diretos.

“A CTG garantiu a contratação dos funcionários da Cesp, porém, não queremos ter que pedir demissão. Gostaríamos que o presidente da Cesp permitisse a nossa demissão assim como aconteceu com os trabalhadores da companhia de Três Irmãos, que também foi leiloada”, destacou.
Pessoa disse ainda que a maioria dos trabalhadores da Cesp não quer ser transferido, pois criaram “raízes” em Três Lagoas e em Ilha Solteira. A maioria mora na região há mais de 15 anos.

Apesar da força-tarefa em tentar convencer o presidente da Cesp, Mauro Guilherme Jardim, a demitir os trabalhadores, eles não terão outra saída a não ser aceitar a uma das duas propostas até o final do mês que vem. “Vai chegar uma hora que teremos que nos demitir para sermos contratados pela CTG ou aceitarmos ir embora, mesmo contra a nossa vontade. Mas, enquanto isso não acontece, continuaremos lutando pela demissão”, completou.

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