Geral | Com Agência Brasil | 18/07/2021 07h47

Ministério da Saúde premia boas práticas no combate à covid-19

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O Ministério da Saúde realizou uma cerimônia para premiar experiências de boas práticas no combate à covid-19 na atenção primária à saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Batizada de APS Forte no SUS – no combate à Covid-19, a iniciativa reuniu 1.471 experiências em todo o país, sendo que duas receberam menção honrosa e 19 foram consideradas de excelência.

A iniciativa, promovida pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil e pelo Ministério da Saúde, quer dar visibilidade às boas práticas desenvolvidas pelos profissionais que atuam no SUS. Foram premiadas ações como o teleatendimento; rastreamento de pacientes contaminados pelo novo coronavírus (covid-19); uso de rádios comunitárias para combater notícias falsas sobre a pandemia; criação de consultórios móveis para atendimento à grupos vulneráveis, a exemplo de idosos, população de rua e grupos LGBTQIA+, entre outras iniciativas.

Iniciativas

Na cidade pernambucana de Jaboatão dos Guararapes, o WhatsApp foi a ferramenta utilizada para manter o diálogo e realizar o acompanhamento de um grupo de travestis e transexuais pelos profissionais de saúde. A iniciativa garantiu o acesso à testagem, a equipamentos de proteção individual como máscara e álcool em gel, à renovação de receitas, à continuidade dos tratamentos de saúde e, sobretudo, a informações sobre a doença e orientações de outros programas sociais, como o auxílio financeiro emergencial.

Em Maceió, foi montada uma estratégia que envolveu o uso de consultórios móveis para atender à população que vive nas ruas. A estratégia envolveu desde o uso de garrafas pet com água para lavar as mãos dos usuários, até a busca de doações de material de higiene para as pessoas em condições de vulnerabilidade social. As equipes passaram a atender nos abrigos temporários criados para acolher os moradores de rua.

As secretarias municipais de Saúde participantes utilizaram um formulário Google como sistema de informação online para registro de dados necessários para a realização de identificação de sintomas e monitoramento dos usuários pertencentes aos grupos prioritários identificados pelas equipes de Saúde da Família.

Como resultado, em média, três mil pacientes foram monitorados. Para não sobrecarregar a equipe responsável pelo monitoramento presencial e telefônico, foram destacados outros servidores para inserção dos dados no sistema de informação.

Em alguns casos, as inovações passaram pela reorganização da gestão de Unidades Básicas de Saúde (UBS) para atender ao fluxo de pacientes com covid-19, como o realizado na cidade de Arapiraca, em Alagoas. O município realizou um projeto piloto com a readequação do processo de trabalho da equipe multiprofissional e também foi promovida uma reestruturação das medidas de segurança ao usuário e ao profissional de saúde.

Os profissionais também receberam treinamento em oxigenoterapia, acolhimento e realização de testes rápidos. Foi implantado um fast-track com alimentação digital para a triagem dos pacientes o que permitiu o acompanhamento da dinâmica dos atendimentos que ocorriam nas UBS por meio de publicação de boletins.

Resposta do SUS

De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, os resultados mostram a resposta do SUS aos desafios impostos pela pandemia à manutenção e continuidade dos serviços de atenção primária à saúde.

“A pandemia da covid-19 mostrou a força dos SUS e dos profissionais que atuam na saúde do Brasil, disso todos nós sabemos. Mas o que precisamos ter sempre em mente são os momentos especiais em que esses profissionais brilharam e foram muito além das expectativas para garantir um atendimento digno, seguro e de qualidade na atenção primária”, afirmou.

Para a representante da Opas no Brasil, Socorro Gross, além do reconhecimento, as experiências podem servir de inspiração para outros municípios que podem adotar as práticas para o atendimento da população.

“Essas experiências compõem um mosaico de boas práticas de atenção primária à saúde da população brasileira. Elas contribuíram para prevenir, proteger e cuidar das pessoas nestes tempos tão difíceis e podem servir de referências para outros municípios. É um laboratório de inovação”, disse.

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