Fiems estipula como desafio para 2018 a atração de novas indústrias para MS
Assegurada a convalidação dos incentivos fiscais para a instalação de novos empreendimentos em Mato Grosso do Sul, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, colocou como desafio para 2018 a atração de novas indústrias para o Estado. A empreitada foi apresentada em entrevista à Rádio CBN Campo Grande, concedida ontem (5).
“Superado o obstáculo de garantir a convalidação dos incentivos fiscais pelo Governo do Estado até 2033, o que trouxe tranquilidade para as empresas que recebiam o benefício e para aquelas que pretendem investir em Mato Grosso do Sul, o desafio agora é continuar atraindo indústrias sem que predomine a questão do incentivo”, afirmou Longen.
Segundo o presidente da Fiems, Mato Grosso do Sul conta com uma série de atrativos como a possibilidade de usar o gás natural importado da Bolívia e a energia obtida da biomassa, mas precisa criar estratégias para reverter o gargalo logístico. “Em ano de eleição, este será um grande debate que a Fiems pretende fazer com os candidatos a governador. Esperamos que nosso futuro governante consiga avançar na consolidação de um projeto logístico”, destacou.
Ele destacou a série de vantagens competitivas do Estado em razão da faixa de fronteira com a Bolívia e o Paraguai, além da legislação estadual que traz uma série de benefícios a empresa que produz nos municípios fronteiriços do Estado. “Avançamos na produção de celulose, cana de açúcar, soja e nosso grande desafio é que essa matéria-prima seja transformada aqui, mostrando, em um grande debate, os inúmeros atrativos do nosso Estado”, salientou na entrevista.
O presidente da Fiems usou como exemplo, ainda, a liberação do tráfego de carretas bitrens de Mato Grosso do Sul e de outros Estados pelo Governo do Paraguai, entrando pela cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã (MS), até o porto de Concepción, até então proibido. “Essa proibição era um grande entrave para o escoamento da nossa produção até o Paraguai e vice-versa. Agora, esse problema será sanado”, projetou.
Para Longen, o ano de 2018 deverá ser um ano de retomada de investimentos no Estado, em razão de indicadores econômicos positivos. “Estamos bastante otimistas com relação a 2018, até porque 2016 foi um ano trágico e 2017 foi um ano de expectativas, mas com indícios de recuperação, diante da estabilização dos juros e da inflação. Por isso, 2018 já começou de forma mais robusta, porque esse retorno dos juros a patamares aceitáveis, o que não acontecia há anos, leva a retomada do poder aquisitivo e à confiança dos empresários para investir, que passa a adquirir maquinário, a produzir mais”, concluiu.
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