Indústria | Da redação/com ALMS | 17/04/2015 10h15

Produtores de carvão pedem apoio da Assembleia para resgatar setor

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Representantes do Sindicato das Indústrias e dos Produtores de Carvão Vegetal se reuniram hoje com os deputados. (Foto: Roberto Higa)

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Representantes do Sindicarv/MS (Sindicato das Indústrias e dos Produtores de Carvão Vegetal de Mato Grosso do Sul) estiveram reunidos nesta manhã (14/4) com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Junior Mochi (PMDB), e demais parlamentares. O encontro aconteceu para discutir a possibilidade de alterar a lei 3.480 de 2007, que impede a comercialização do carvão com outros estados e assim trava o setor.

O deputado estadual Zé Teixeira (DEM) disse que a lei, além de barrar o comércio do carvão, também provoca demissões no setor e faz com que o Estado acabe perdendo receita, pois não consegue vender seus produtos. “O produtor produz e tem que ter para quem vender. As indústrias siderúrgicas estão fechando no Estado. Nossa realidade é esta e não podemos ignorar”, salientou.

O presidente do Sindicarv/MS, Marcos José Brito, explicou que antes da legislação em vigor havia no Estado 226 empresas produtoras de carvão, sendo que hoje apenas 80 encontram-se em atividade. Além disso, o setor já chegou a empregar 17,5 mil homens diretamente e mais de 50 mil indiretamente nos setores de alimentos, combustíveis, farmacêutico, autopeças e transportes.

Os representantes do sindicato estão confiantes de que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) será sensível à causa. “Já conversamos com o governador e ele se mostrou disposto a encaminhar para esta Casa de Leis o projeto que nos permite trabalhar. Por isso viemos aqui antecipar o assunto e pedir esse apoio dos parlamentares”, explicou o presidente do Sindicarv.

Comissão - Para acompanhar os produtores e a negociação junto ao governo do Estado, a Assembleia Legislativa decidiu criar uma comissão especial formada por quatro deputados. Os membros indicados são: Felipe Orro (PDT), João Grandão (PT), Onevan de Matos (PSDB) e Paulo Corrêa (PR). “Vamos avaliar as proposições apresentadas pelo sindicato e acompanhar a elaboração do projeto. Trata-se de um assunto que envolve o resgate desse setor tão importante ao nosso Estado, por isso a necessidade dessa comissão”, disse Junior Mochi.