Meio Ambiente | Da redação/ com Assessoria Sindicato Rural | 23/06/2016 10h46

Programa Mais Floresta realiza aula de controle e combate de incêndios

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O programa Mais Floresta realizou no dia 21 de junho, uma maratona de palestras que abordaram assuntos de prevenção e combate a incêndios, pragas e doenças na floresta. Logo após a parte técnica, os participantes foram para um dia de campo, onde puderam ver na prática o conteúdo apresentado.

A abertura foi com o engenheiro florestal da empresa Mirex-s, Mateus Ferreira, que explicou sobre dois tipos de formigas cortadeiras presentes na floresta, as Saúvas e as Quenquém. A identificação é feita pelas características do ninho. As Saúvas têm ninhos maiores e as Quenquéns têm formigueiros menores, com poucos indivíduos.

A formiga é um inseto social e é importante no combate conhecer a sua morfologia e comportamento. “Temos que ver o formigueiro e a quantidade de indivíduos permite fazer a correta aplicação das iscas. Caso for feito uma sub dosagem, o formigueiro fica amuado e não vai matar as formigas. No caso das Quenquéns, apenas uma dose é suficiente”, explica Mateus Ferreira.

Anderson Biani, engenheiro agrônomo da Atta Kill, apresentou alguns métodos de controle das formigas que podem diminuir a questão de custos e ter maior eficiência no combate. Um controle mais eficaz requer uma metodologia, uma correta dosagem e análise do espaço da aplicação, para que os formigueiros não retomem a atividade. Anderson explica que a formiga é uma praga primária e não secundária, como os produtores acreditam, podendo causar muitos danos.

Ainda sobre a questão de pragas e doenças que podem atingir as florestas, o engenheiro florestal, mestre em proteção de plantas e doutor em ciências florestais, Alexandre Coutinho Viana Lima, mostrou as principais ferramentas que se tem para o monitoramento de insetos em ambiente de floresta de eucalipto e disse que “dependendo das pragas ou doenças, se não tomar os devidos cuidados, os danos podem chegar a 100%. Em uma floresta de 1 a 4 anos, a planta tem uma tolerância maior, podendo chegar até 50% em algumas situações”, finaliza.

Controle e Combate de incêndios

Visando qualificar os profissionais que atuam diretamente na eliminação de incêndios nas propriedades, o dia de campo apresentou técnicas de prevenção e combate visando à eliminação ou a redução dos focos do Estado.

Celso Luiz Medeiros Lima, engenheiro florestal, comenta que as técnicas de combate e prevenção são muito estudadas pelas empresas de papel e celulose e foram elas que qualificaram e desenvolveram metodologias para reduzir a quantidade de foco de incêndio. “Quando a madeira é queimada ela não entra na fábrica, perdendo o valor agregado. Para que essa perda seja diminuída as empresas investiram no homem e técnicas para redução e eliminação desses focos de incêndio”, afirma Celso.

Para o Presidente do Sindicato Rural, Marco Garcia, Três Lagoas tornou-se uma referência não só para região, mas para o Brasil inteiro, em tecnologias florestais. “Precisamos estar desenvolvendo e difundindo as tecnologias que estão vindo com as grandes indústrias e consequentemente com os prestadores de serviço” conclui Garcia.

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