OAB/MS | Da redação/com OAB MS | 12/05/2015 09h05

Conselheira Federal e vice-presidente de comissão da OAB/MS alertam para suicídio de jovens indígenas na ONU

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A Conselheira Federal e presidente da Comissão Permanente de Assuntos Indígenas (COPAI) da OAB/MS, Samia Barbieri, e a vice-presidente, Tatiana Azambuja Ujacow, participaram da 14ª sessão do Fórum Permanente sobre Assuntos Indígenas, realizado na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, e falaram à Rádio ONU sobre questão de direitos humanos dos povos indígenas.

Este ano, o encontro teve como foco os direitos econômicos, sociais e culturais dos povos nativos, como declarou, na cerimônia de abertura, o vice-secretário-geral da ONU. Jan Eliasson afirmou que a Declaração da ONU sobre os Povos Indígenas garante o direito das comunidades nativas à educação, à saúde, à água potável e ao saneamento.

Entre os assuntos debatidos estão questões relacionadas à juventude, automutilação e suicídio. Na entrevista à Rádio ONU, a presidente da COPAI, Samia Barbieri, falou sobre o tema. "A discussão do fórum este ano é um tema muito pertinente e recorrente, trata do suicídio de jovens indígenas e também a questão de direitos humanos, a violação de direitos humanos. Isso a gente tem muita preocupação, porque decorre de um choque cultural que vem ocorrendo há muito tempo. E eu acho que o fato que mais preocupa é a preococidade com o vem acontecendo essas questões de saúde mental indígena, como o suicídio".

Barbieri afirmou que a questão é "cada vez mais recorrente" no Brasil. Ela destacou a questão da demarcação de terras, do "confinamento" e o que chamou de "choque cultural".

A vice-presidente da COPAI e professora da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Tatiana Azambuja Ujacow, também falou à Rádio ONU e mencionou os debates que ocorrem no fórum e as questões discutidas. "Nós notamos a identidade dos problemas. Eu acho muito interessante porque na maioria das vezes, guardadas as proporções de cada país e suas peculiaridades, nós sabemos que os problemas são os mesmos. Discute-se suicídio, problema que nós temos no Brasil, problema grave, e tem também no mundo todo. A questão da devastação da natureza, da falta de demarcação de terras, na violação de direitos humanos, então, a gente percebe problemas recorrentes e muito semelhantes no mundo todo que interferem na vida das populações, dos povos indígenas".

O encontro deste ano reuniu mais de mil representantes e líderes indígenas do mundo inteiro. Nas duas semanas de conferências, palestras e eventos, os participantes discutiram questões sobre os direitos humanos, econômicos, sociais e culturais desses grupos.

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