Casos “importados” de dengue deixam Paranaíba em alerta
O município de Paranaíba entrou em estado de alerta e está intensificando as ações de combate aos focos do mosquito Aedes Aegypti. De acordo com o Centro de Controle de Vetores, a preocupação é com o registro de casos “importados”, de pessoas que contraíram a dengue em cidades epidêmicas e chegaram à cidade. Com o alto índice de infestação verificado pelos mutirões que estão sendo feitos há quatro semanas, há o temor de se chegar ao estado epidêmico.
De acordo com Ymara Lucia Zanin Palcheti, do Centro de Controle de Vetores, na semana anterior ao Carnaval os agentes de saúde encontraram 76 focos em varredura feita em 1.326 imóveis. Ela disse, em entrevista ao programa RCN Notícias da Cultura FM 106,3, que a infestação foi constatada em 64 residências, sete estabelecimentos comerciais, um ponto estratégico (borracharia ou ferro velho) e quatro terrenos baldios. Os dados da semana passada ainda não foram tabulados.
“O Controle de Vetores atua em várias frentes, em mutirão, com visitas domiciliares e bloqueios, mais, diferentemente de algumas cidades, temos números que nos dão essa posição de não epidêmica”, disse Ymara Zanin Palcheti, ressalvando, no entanto, que o alto índice de infestação coloca a cidade em estado de alerta porque há pelo menos três casos importados confirmados. O último levantamento revelou que a infestação em alguns bairros de Paranaíba é 18 vezes maior que o preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Infelizmente, o índice de infestação está ligado a depósitos que poderiam ser eliminados. Podemos dizer que o vírus tipo 4 pode estar circulando na cidade”, disse Palcheti. Segundo ela, um dois casos confirmados é de um paciente que esteve em Barretos (SP), que hoje vive uma epidemia de dengue, com mais de 700 casos. Há possibilidade de o município “importar” o vírus tipo 4 de Campo Grande, onde já houve seis mortes confirmadas e outras oito estão sendo investigadas. A proximidade também com São José do Rio Preto (SP) é outro fator de preocupação, segundo o Centro de Controle de Vetores.
Não há transmissão de pessoa para pessoa, mas alguém doente picado pelo mosquito, que se reproduz em pouco mais de 10 dias, leva à transmissão. Daí a importância, segundo Ymara, do combate aos focos do mosquito. “A dengue deve ser combatida com um conjunto de ações”.
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