Pesquisa | Com Hoje Mais | 16/07/2016 09h40

Maioria dos homens em MS não relaciona obesidade com diminuição de testosterona

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Grande parte dos brasileiros não desconfia que a obesidade é um dos principais fatores relacionados à andropausa, condição multifatorial caracterizada pela queda dos níveis de testosterona em homens, também conhecida como hipogonadismo. Em pesquisa recente, realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) em parceria com a Bayer em Campo Grande (MS), 86% dos homens maduros (50 aos 70 anos), não relacionaram a obesidade à condição e, entre os mais jovens (18 aos 22 anos), o número sobe para 95%.

A pesquisa realizada com 2.000 homens de sete capitais (Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo), aponta que a população masculina mais madura de Campo Grande credita a redução de testosterona principalmente às problemas emocionais e falta de atividades físicas (ambas com 21%) e às mudanças nos níveis hormonais (18%).Entre os mais jovens, o excesso de trabalho (27%) e mudanças nos níveis hormonais (24%) foram as mais citadas. A obesidade foi lembrada por 14% na faixa etária mais elevada e por 5% na mais baixa.

Entre as preocupações masculinas ligadas à saúde, a pesquisa apontou que as doenças que mais afligemos campo-grandenses mais maduros são perda de libido (33%), seguida de doenças cardiovasculares (19%). Já entre os maisjovens, as doenças cardiovasculares (35%) e o câncer de próstata (18%) figuram no topo da lista. A obesidade foi apontada pelos entrevistados em um percentual menos expressivo, 3% entre os mais maduros e 2% entre os mais jovens.

Hoje, a obesidade é apontada pela Organização Mundial da Saúde como um dos maiores problemas de saúde pública, com um enorme impacto econômico na sociedade. A projeção é que, em 2025 cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso, e mais de 700 milhões obesos. Já no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), a doença vem crescendo cada vez mais, e levantamentos apontam que mais de 50% da população brasileira já está acima do peso.

Entre os impactos negativos que a obesidade pode causar à saúde do homem, estão o maior risco de aterosclerose, diabetes, síndrome metabólica, doença hepática gordurosa não alcoólica, problemas cardíacos e disfunção erétil (popularmente chamada de impotência sexual), o que prova que a doença representa um sério fator de risco para a redução da qualidade e da expectativa de vida.

"Alertamos que estar fora do peso é um risco para a saúde dos homens, pois pode desencadear várias doenças como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares, bem como influenciar no surgimento do hipogonadismo em homens maduros, isso porque, o excesso de tecido adiposo altera o funcionamento da hipófise e dos testículos, inibindo a produção da testosterona. Esse quadro é mais acentuado a partir dos 45 anos", reforça o urologista Archimedes Nardozza Jr., Presidente da SBU.

A queda da testosterona traz diversos problemas aos homens e prejudica diretamente a qualidade de vida ao provocar alterações de humor, cansaço, sensação de perda de energia e diminuição das massas óssea e muscular. Além disso, afeta também a vida sexual aodiminuir a libido e desencadear a disfunção erétil, o que é uma preocupação para um número significativo de homens. Entre os mais jovens (18 a 22 anos), 23% se preocupam com a impotência sexual e a perda de libido. Já entre os mais maduros (50 a 70 anos), esse número dispara para 39%.

Um problema que tem solução

Por ser considerada uma doença crônica, a obesidade necessita de intervenção médica, pois sem tratamento, contribui de forma significativa para uma série de efeitos adversos sobre o sistema cardiovascular. Assim, a perda de peso nestes pacientes em qualquer momento da vida adulta pode resultar em benefício para a saúde. "Para viver com saúde e qualidade, além de buscar uma alimentação saudável e a prática de atividade física, é preciso reforçar a importância da consulta médica e da realização de exames periódicos. Dessa forma, se existir alguma anormalidade, o médico irá avaliar e indicar o tratamento adequado", completa Dr. Archimedes.

Um estudo publicado neste ano no International Journal of Obesity avaliou prospectivamente 411 homens hipogonádicos e obesos que foram tratados com reposição hormonal, durante um período de 8 anos e foi observada significativa perda de peso na maior parte deles (perda de peso > 10% em mais de 65% dos pacientes). A reposição de testosterona em homens com hipogonadismo tem como objetivo normalizar os níveis hormonais e controlar os sinais e sintomas relacionados ao problema. Segundo o Dr. Farid Saad, diretor da área de Andrologia da Bayer na Alemanha, "a reposição de testosterona em pacientes com hipogonadismo em longo prazo foi associada com aumento de massa magra, redução de peso e da circunferência abdominal.
(Com informações assessoria Bayer)

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