Política | Lucas Castro | 05/12/2017 07h30

Waldeli Rosa é forte opção do PMDB ao Governo do Estado de MS

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O prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa, que se filiou novamente ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), é cotado como a segunda opção da cúpula para comandar o Poder Executivo em Mato Grosso do Sul. Sua metodologia de gestão e o alto índice de aprovação no estado são os principais motivos para ser tido como o "Plano B" na disputa das eleições para governador no ano que vem.

 

A principal estratégia do PMDB é lançar candidatura própria para retomar sua força estadual e, por insistência e confiança da maior parte dos peemedebistas, André Puccinelli é o nome mais forte a ser pré-candidato a governador, mesmo após o episódio da sua prisão pela Polícia Federal na Operação Papiro de Lama, quinta etapa da Lama Asfáltica.

 

Após deixar o PMDB em 2011, Waldeli concretizou o retorno à sigla durante a convenção estadual do partido na manhã deste sábado (2), na sede de campo da Associação Nipo Brasileira de Campo Grande, localizada na saída para Três Lagoas. O evento também foi marcado pela posse do ex-governador André Puccinelli à presidência peemedebista no estado, que sucedeu o deputado estadual Junior Mochi, atual presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS). A confraternização, que elegeu os novos membros do diretório e a Comissão Executiva, foi adiada duas vezes, com a última data prevista para o dia 18 de novembro, devido ao cumprimento de mandados de prisão ao ex-governador.

 

De volta às origens, Waldeli não esconde o protagonismo de Puccinelli e se coloca à disposição para somar forças na unificação do partido a partir de 2018. "Sai do PMDB, mas jamais o PMDB saiu de dentro da minha alma. Quero trabalhar, primeiramente, para unificar o partido, chego no PMDB para somar. Aproveito também a oportunidade para saudar o Dr. André, para que volte ao poder do estado", disse o prefeito de Costa Rica, ex-filiado do Partido da República (PR).

 

Segundo Waldeli, o apelo feito pelo senador Waldemir Moka, com o qual possui grande afinidade e respeito conquistado ao longo de sua carreira política, foi determinante para aceitar o convite peemedebista. "Filio-me convicto da minha responsabilidade em defesa do interesse partidário, na qual jamais abrirei mão das minhas convicções em defesa do povo sul-mato-grossense. Uma gestão eficiente e com respeito ao dinheiro público é a prova de que podemos mudar o Brasil e a consolidação de um governo se faz com uma equipe comprometida", afirmou, na confraternização do partido.

 

Alto índice de aprovação

 

Waldeli é considerado um dos melhores gestores do país. Em agosto desse ano, o empresário e atual chefe do Poder Executivo de Costa Rica, atingiu mais 94% de aprovação da população costarriquense, recorde que já detinha, ao encerrar o terceiro mandato na Prefeitura com 92,80%, no final de 2016. Com isso, foi o mais bem avaliado entre os 79 prefeitos de Mato Grosso do Sul, de acordo com pesquisa do Instituto de Pesquisas de Mato Grosso do Sul (IPEMS), um dos fatores que levaram o diretório estadual do PMDB a se interessar pela sua possível candidatura.

 

O prefeito é visto como "boa exceção" em solo sul-mato-grossense, perante a crise econômica que se alastra pelo Brasil e que prejudica o pagamento do 13º salário dos servidores. No começo desse ano, o modelo de administração de Costa Rica foi reconhecido em âmbito nacional. O destaque foi o pagamento de seis salários em menos de 30 dias aos professores do município. No geral, a Prefeitura efetuou o pagamento do 13º, 14º, 15º, 16º e metade do 17º. Waldeli decidiu repassar aos profissionais da educação o dinheiro não gasto do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), utilizado para cobrir o pagamento de licenças de professores e despesas adicionais.

 

Para o chefe do Executivo de Costa Rica, a valorização dos servidores públicos pode ser ampliada para todo o estado, desde que haja uma saúde financeira estável.

 

"Para se aplicar isso em Mato Grosso do Sul, precisamos resolver a situação fiscal. Só após resolver o problema do financiamento público, para que o estado não seja tão pesado para a sociedade, poderá se valorizar mais os funcionários, porque quem faz uma grande gestão são eles (servidores) e para isso temos que valorizá-los. Além disso, temos que resolver o alto índice de empreguismo, fazer com que o servidor estadual assuma o Governo. O funcionário efetivo tem que ter o compromisso de resgatar o estado da situação que está", finalizou.

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