Região | Da redação/com JPTL | 02/08/2013 13h32

Idosos da região do Bolsão estão vivendo mais segundo Pnud

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Bolsão (MS) - A esperança de vida aumentou em 3,5 anos na última década entre os municípios do Bolsão. O avanço foi apresentado nesta semana, quando o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), publicou o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013. De acordo com a pesquisa, nos 11 municípios da região a média de esperança de vida aumentou de 71, em 2000, para 74,5 em 2010. Com isso, o IDH da Longevidade saltou de 0,768 para 0,825, em média. 

Os dados mostram que Chapadão do Sul é um dos principais responsáveis pelo resultado. Segunda colocada no ranking estadual de melhores Índices de Desenvolvimentos Humanos, a cidade possui esperança de vida ao nascer de 76,02, o que equivale a um IDH de Longevidade de 0,85. Comparado com o estudo feito há dez anos, o aumento na expectativa de vida foi de seis pontos. 

Em segundo lugar, aparece Três Lagoas, com um índice de esperança de vida de 75,91 anos, longevidade de 0,849. A cidade é uma das que apresentou maior aumento nos últimos dez anos. Em 2000, a cidade ocupava o sexto lugar entre as cidades do Bolsão, com uma expectativa de vida de 70,8 anos, o que representa uma longevidade de 0,76.

Em terceiro lugar, o Pnud cita o município de Bataguassu, com uma esperança de vida de 75,8 anos (IDH de Longevidade de 0,847). Em 2000, a expectativa era de chegar até aos 70,6 anos, em média.

No entanto, o estudo mostra que algumas cidades ainda precisam melhorar. É o caso de Santa Rita do Pardo, que ficou em último lugar entre os municípios do Bolsão. No município, a expectativa de vida é de 73 anos – dez anos antes, era de 69,2 anos.

CUIDADOS

Para o geriatra Sidney Antônio David Júnior, o aumento na expectativa de vida da população está diretamente ligado aos novos hábitos adotados pelos idosos. Hoje em dia, explicou, a terceira idade tem se cuidado melhor, juntando tanto a alimentação balanceada com a realização de atividades físicas. “Essas duas estão são as principais causas. Mas, além delas, os idosos não bebem, não usam drogas e reduziu bastante o uso do tabaco”, completou.

Aliado ao novo comportamento da população, o médico ressalta que o surgimento de novos medicamentos, tecnologias e também o surgimento de campanhas voltadas para o combate de doenças como diabetes e hipertensão no aumento da qualidade de vida dos idosos. “Hoje em dia, existem mais palestras voltadas para essas duas doenças, aliás, doenças cardiovasculares são as que mais afetam a população idosa. Os postos de saúde tem dado sua colaboração”. 

O geriatra informou que os índices de expectativa de vida estão dentro da média. Porém, para ele, é possível melhorar. “Em outras cidades do Brasil, a expectativa de vida chega a 80 anos ou mais. É possível melhorar muito esse nosso resultado. Mas para isso, é preciso mudar a mentalidade, investir mais em unidades básicas de saúde, em mais agentes comunitários e em mais medicamentos gratuitos”, lembrou.

O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 é uma plataforma de consulta ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM que mede, basicamente, quatro tópicos: educação, esperança de vida, renda e desigualdade social.

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