Laticínio retoma atividades no Assentamento Mutum

Assentamento Mutum ocupa áreas de Brasilândia, Santa Rita do Pardo e Ribas do Rio Pardo (Foto: Celso Santos)

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Região (MS) - Os pequenos produtores rurais do Assentamento Mutum, que ocupa áreas de Brasilândia, Santa Rita do Pardo e Ribas do Rio Pardo, estão investindo na expansão da bacia leiteira. O laticínio que estava fechado há vários anos retomou as atividades em abril e em apenas dois meses ampliou a produção de leite de 2,5 mil litros para 4 mil litros/dia. A expansão só não é maior em razão da qualidade da pastagem, que está abaixo da média, e devido ao plantel, de baixa produtividade, entre 4 e 8 litros por animal.

O laticínio produz creme de leite, queijo muçarela e já se prepara para fabricação de manteiga. Todos os produtos são comercializados em Campo Grande. O preço do litro de leite pago aos produtores, no entanto, ainda é baixo, em torno de R$ 0,55. Em Três Lagoas, o leite in natura, vendido direto ao consumidor, custa R$ 1,50. Pasteurizado, o produto tem preço acima de R$ 2,30 nos supermercados.

A reabertura do laticínio deixou os produtores motivados e eles já pensam em investir na expansão da bacia leiteira. Produtores de Avaré, outro assentamento vizinho, também querem desenvolver a bacia leiteira. O prefeito de Santa Rita do Pardo, Cacildo Dagno (PRP), que fez visita ao assentamento, disse que buscará parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) para orientar os produtores sobre programas de manejo e recuperação de pastagens, além de informações sobre melhoramento genético. Sem uma boa pastagem e chegada do período de inverno, haverá aumento no preço em razão da baixa produtividade.

Depois da visita ao Assentamento Mutum, o prefeito Cacildo Dagno disse que vai tentar atrair empresários para operar o laticínio municipal de Santa Rita do Pardo, construído como obra compensatória pela Cesp e que há muito tempo está fechado. A ideia é oferecer incentivos fiscais para ativar o laticínio. A população rural está animada com a perspectiva de agregar mais valor à produção de leite, hoje destinada apenas ao consumo in natura para a alimentação de lactentes e fabricação de doces.