Saúde | Da Redação/Com Assessoria | 23/09/2015 14h45

Mandetta cobra ações contra a leishmaniose

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O deputado Mandetta (DEM) exigiu ações do ministério da Saúde para o combate à leishmaniose visceral. Em audiência na CPI dos Maus Tratos a Animais, Mandetta explicou as ações desenvolvidas à frente da Secretaria Municipal de Saúde entre 2005 e 2010 e garantiu que falta uma visão mais ampla sobre as diversas ações que precisam ser desenvolvidas para combater a doença. Recenseamento ostensivo dos cães, identificação das regiões da cidade mais propícias ao desenvolvimento do mosquito transmissor e a autorização para o uso de vacina são medidas que devem ser tomadas em detrimento da simples orientação do Ministério que preconiza o extermínio os cães infectados.

"Em 1999 foi registrado o primeiro caso de leishmaniose em Campo Grande que veio da Bolívia. Com as investigações que fizemos, descobrimos que ela veio com a construção do gasoduto Brasil - Bolívia. Em 2001, tínhamos 20 casos de pessoas infectadas. Já em 2005, tínhamos 200, principalmente entre crianças de zero a quatro anos. Em 2005, fizemos a identificação ostensiva dos 110 mil cães da cidade e descobrimos que 36% estavam infectados.  Enquanto os casos cresciam, o ministério da Saúde falava apenas em extermínio e pulverização de inseticida. Isso era muito rudimentar", explicou o deputado Mandetta.

Para diminuir drasticamente os casos da doença, diversas ações foram desenvolvidas. "Colocamos coleiras com inseticida em todos os cães sadios. Depois de seis meses, fizemos os testes de sangue e a eutanasia dos cães infectados. Além disso, compramos 36 armadilhas para insetos e identificamos que o mosquito se alimentava de sangue de galinhas. Fizemos o geoprocessamento de todos os criadores de aves e iniciamos uma campanha de dedetização e conscientização. Nos primeiros seis meses, os casos em cães caíram de 36 para 26%. Um ano e meio depois, somente 8% dos cães da cidade estavam contaminados. Os casos em humanos caíram de 200, quando assumi a Secretaria, para 80. Além disso, até hoje o governo não se posiciona em relação à liberação da vacina", detalhou Mandetta.

Agora o deputado Mandetta vai se concentrar na tramitação do seu substitutivo ao projeto que previa apenas a vacinação. Nesta nova versão, além da vacinação, também estão previstas a regulamentação da coleira, do tratamento dos cães e das campanhas de conscientização. É preciso mudar a legislação e isentar de impostos a coleira com inseticidas contra o mosquito que transmite a doença. Com essa medida, o preço do produto deve cair pela metade. Além disso, é preciso acionar judicialmente a Petrobras por não ter feito os cordões sanitários de isolamento durante a construção do gasoduto Brasil-Bolívia.

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