Mesmo sem casos em MS, febre amarela é mais um motivo para combater mosquito
Combater os mosquitos evita o contágio da febre amarela. Os dos gêneros Haemagogus e Sabethes são os principais vetores da doença em áreas florestais; enquanto na cidade, o vilão é o Aedes aegypti, o mesmo que transmite dengue, Zika e chikungunya.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, para que o mosquito não se reproduza é importante que todos evitem o acúmulo de água parada em garrafas, pratos de plantas, façam a manutenção de calhas, instalem telas em ralos e mantenham caixas d’água e outros depósitos bem vedados.
“A maioria das pessoas já foi imunizada em algum momento contra a febre amarela em Mato Grosso do Sul, mas precisamos acabar com os focos do mosquito Aedes aegypti porque ele transmite várias doenças”, afirma a superintendente estadual de Vigilância em Saúde, Angela da Cunha Castro Lopes.
Não há casos de febre amarela confirmados em Mato Grosso do Sul, mas a população precisa continuar atenta para evitar a proliferação do mosquito.
Vacina
Um dos cuidados para evitar a febre amarela é a vacinação para quem nunca foi imunizado, especialmente se for aproveitar o Carnaval em locais com circulação do vírus ou viajar para outros países.
Quem tomou a dose completa da vacina alguma vez na vida já está protegido. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda, desde 2014, apenas uma dose. E o Ministério da Saúde afirma não existir necessidade de reforço.
A frequência da vacinação ainda causa confusão porque somente em abril de 2017 o governo brasileiro decidiu adotar a norma da vacinação única. Antes, a população tomava a vacina a cada dez anos. A imunização é recomendada para maiores de 9 meses e menores de 60 anos.
Em Mato Grosso do Sul não há falta de vacina. Todos os municípios estão abastecidos e não foi preciso adotar a vacinação fracionada.
Macacos são vítimas
A superintendente estadual de Vigilância em Saúde, Angela da Cunha Castro Lopes, explicou que, ao contrário do que muita gente pensa, os macacos “são nossos aliados” no combate à febre amarela. Eles não transmitem a doença, mas ajudam a identificar a presença do vírus.
“Os primatas não humanos são bioindicadores”, diz. Isso significa, que eles são os primeiros a adoecer, dando o alerta de perigo para que as autoridades da área de saúde tomem as providências necessárias.
No caso dos macacos encontrados mortos em Mato Grosso do Sul é possível que eles tenham sido vítimas do homem. Um dos corpos, por exemplo, aparenta estar com a costela quebrada. Amostras coletadas de seis animais foram encaminhadas Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo, mas os exames laboratoriais ainda não estão prontos.
Sintomas
Os principais sintomas da doença são febre alta e cansaço, dores de cabeça e no corpo, náusea e vômito e icterícia (amarelamento da pele e dos olhos).
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