Saúde | Com Mariele Machado | 29/07/2016 14h11

Tempo seco e frio aumenta riscos de doenças respiratórias

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Com dias quentes e noites frias, o tempo seco característico do inverno é propício para a manifestação de doenças respiratórias. Resfriado, asma, bronquite, rinite e gripe estão entre os males que apresentam aumento na incidência durante a estação. As crianças, idosos, gestantes e doentes crônicos fazem parte dos grupos mais sensíveis às alterações no tempo.

Nesse período, a população deve tomar cuidados com a saúde, priorizando a hidratação do corpo e a umidificação de ambientes, para evitar a desidratação e a incidência maior de doenças respiratórias, além de dores de cabeça, irritações nos olhos, nariz, garganta e pele.
A umidade relativa do ar registrada em Aparecida do Taboado ficou em 30% nos últimos dias, segundo o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia). Pelos padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade ideal é de 60%. A entidade recomenda a decretação do estado de atenção quando os índices ficam entre 20% e 30%. Entre 12% e 20% é recomendado o estado de alerta, e índices inferiores a 12% já é estado de emergência sanitária.

Com a baixa umidade, as mucosas dos olhos, da boca e do nariz ficam ressecadas, favorecendo a atuação de agentes externos, como vírus e bactérias. As principais doenças que se manifestam nesse período são as infecções das vias aéreas, como rinites, sinusites, gripes e asma. “Com a desidratação da mucosa, além da facilidade de aderência desses agentes externos, as células do sistema imunológico têm mais dificuldades de chegar às vias áreas. Então a consequência é a dispneia (falta de ar), coriza, congestão nasal, espirros e tosse”, explica a Médica Amanda Tolentino Moretti de Almeida, que atende no EFS de Aparecida do Taboado.
Para reduzir as consequências do clima seco, a receita é investir na hidratação, consumindo muitos líquidos e lavando o nariz com soro fisiológico, além de hidratar a pele para evitar dermatites. “Nessa época no ano devemos evitar a exposição a fumaças tanto de cigarro quanto de queimadas; umidificar o ambiente; expor ao sol travesseiros e cobertores; lavar bem as mãos; e realizar imunização para pessoas grupo de riscos”, lembra a médica. Ela também orienta evitar locais com aglomeração de pessoas e deixar os ambientes limpos e arejados.

Para evitar que o filho pequeno tenha problemas respiratórios nesse período do ano Jéssica da Silva toma vários cuidados em sua residência. “Como o tempo está muito seco, estou passando pano úmido na casa duas vezes ao dia, pois, dessa forma umidifico o ar e evito o acúmulo de poeira; além disso uso o umidificador no quarto, que ajuda bastante, e fico hidratando o bebê várias vezes ao dia, com água e suco”, comenta a mãe.

Mesmo tomando esses cuidados é comum encontrar crianças e adultos com doenças respiratórias por conta do tempo seco. Como é o caso de Beatriz Gomes, que teve procurar o médico depois de sentir falta de ar durante a noite. “Comprei uma bombinha, mas não foi eficaz. Acredito que é por causa do tempo seco, porque tenho bronquite; mas há muitos anos não tinha crises”.

A Defesa Civil orienta a todos que, com o tempo seco, o período recomendado para a prática de atividades físicas é antes das 10 horas e após as 17 horas. Outras orientações é usar roupas leves, fazer refeições leves, incluindo frutas e verduras, usar sombrinha ou guarda-chuva para andar nas ruas no período mais quente. A hidratação deve ser reforçada nas crianças, com a ingestão de bastante líquido. Os idosos também exigem atenção, pois são suscetíveis a problemas respiratórios.

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