Três Lagoas | Com Bruna Taiski | 17/12/2016 09h52

Ano fechará sem internet gratuita

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Mesmo aprovado pela Câmara Municipal de Três Lagoas e sancionado por Márcia Moura, antecessora do prefeito eleito Ângelo Guerreiro, o projeto de inclusão digital que regulamenta o acesso da população ao uso de sinal gratuito de Internet não será realidade dos três-lagoenses neste ano.

O projeto é de autoria do vereador Jorge Martinho (PSD) e foi apresentado em 2014 e aprovado somente em Junho de 2015, e até o momento o projeto permanece estagnado e aguarda para se tornar um programa em execução.

Segundo informações da Assessoria de Comunicação da Prefeitura, não há previsão para implantação do projeto e ele ficará a cargo da próxima gestão para a avaliação se é viável dar andamento ao processo de execução.

As regiões com maior movimentação, como a Lagoa Maior, o Balneário e a Praça Senador Ramez Tebet, foram os locais definidos como principais pontos de acesso.

Em entrevista ao Hojemais, o vereador e idealizador do projeto, Jorge Martinho, falou sobre a importância de democratizar o acesso aos meios digitais, que em sua opinião é uma necessidade, não um artigo de luxo.

“Esse projeto poderá facilitar muitas áreas, sendo tão favorável ao poder público como a população, além da mobilidade e de promover conhecimentos, entre outros benefícios à população”, diz.
Para o vereador, é importante ter agilidade, quanto mais rápido a população usufruir do acesso à internet gratuita, mais benefícios serão agregados. “A lei foi publicada e sancionada, cabe agora ao Poder Executivo fazer esse contato com as empresas e operadoras em Três Lagoas para coloca-lo em prática efetivamente” afirma.

OPERAÇÃO DO SISTEMA

O sistema irá operar como um acordo entre Prefeitura e a população, que terá que cumprir suas obrigações com o município para utilizar os serviços gratuitamente.

O vereador cita alguns exemplos, como manter os impostos em dia com o município, manter uma vigilância sanitária saudável no próprio imóvel, estar isento de notificação no imóvel de algum foco de mosquito da dengue e vacinação correta e em dia a filhos em idade escolar, que também terão que estar devidamente matriculados. O município fornecerá o sinal que poderá ser interrompido caso não seja cumprido os requisitos.

O sistema também irá facilitar uma rede de comunicação com os cidadãos. “Atualmente o município só consegue chegar até as pessoas através de propagandas de rádio, televisão e jornal, o sistema estará online e presenta para elas, facilitando a divulgação de campanhas de governo e lembretes de compromissos com a cidade, criando uma rede mais barata de comunicação” complementa.

A maior preocupação com a população três-lagoense em relação a esse projeto é referente à demanda, que poderia vir a ser maior que os serviços oferecidos pelo sistema, Jorge Martinho faz um comparativo com um projeto de lei da cidade de São Paulo que pretende utilizar do mesmo método “As pessoas se perguntam se seria possível um programa como esse em nosso município, mas a cidade de São Paulo que é uma metrópole consegue ter esse suporte por que não três lagoas?”, conclui.

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